Andam dizendo por aí...

21 agosto, 2007

Andam dizendo por aí que é fácil viver. Pense Positivo! Curta sua vibe? Seja otimista!
Andam dizendo por aí que as pessoas conseguem, se quiserem, é só concentrar pensamentos bons a respeito do que se quer. Será que é fácil? Será que é fácil acordar todos os dias sem algo para alimentar as crianças? Será que é fácil sair todos os dias, cedo, atrás de algum velho emprego? Será que é fácil abandonar a família e dirigir-se a um mundo onde em algum lugar Deus reservou algo de bom?
É. As pessoas ainda buscam aquele velho Deus que diz no livro, que é bom. É bom? Onde estará? Que comprovações se têm a respeito? Um livro? Qualquer um escreve um livro, sobre qualquer coisa, POR QUALQUER RAZÃO. E acredita quem quiser.
É bom ser otimista, ter bons pensamentos. Entretanto, tão somente bons pensamentos não são suficientes. Sem ação os pensamentos não saem do lugar. É claro, é óbvio que não é fácil. O trabalho é árduo, pesado, vai até tarde e merece carinho. Necessidades, desejos e ação nascem juntos, andam juntos, caso contrário pensar só vai trazer dor de cabeça.
O ser humano, o que somos? De onde viemos? Para onde vamos? Destino? Coincidência? Está escrito? Quanta tanta bobagem. Quantas palavras bonitas para definir uma vida que ilustradamente parece tão linda.
Nem todos têm oportunidades, nem todos têm conhecimentos. Mas todos procuram um mesmo caminho, o da paz. Mesmo sabendo que no país em que vivemos tudo é tão caótico, tão difícil e tão, tão, tão... dá até vergonha.
Mas a vergonha não traz dim dim, não alimenta, não veste, não dá carinho. Por conta disso, quem pode corre com as armas que têm e nem sempre são armas do coração. Ah!, pergunte-se: o que tem o amor com o coração? O coração só serve para nos manter vivos, enquanto pulsa? O amor é o que nos faz SENTIR vivos? Quantas indagações. Cadê as respostas?
Reflita! Nem eu mesma sei. Reflito em conflito comigo. Palavras que confudem, absurdos que presenciamos. Vibe, Deus, Lei da Atração... criados para não vermos a verdade? Ou criados para que as pessoas sofram menos?
Andam dizendo por aí...
que é fácil.
E, você, o que acha?
Saudações.

...

09 agosto, 2007

o que pensar se não posso duvidar do que a minha mente quer falar;
o que escrever se não há a possibilidade do passado me fazer retirar,
do abismo de onde joguei o ar que me fez respirar;
só um instante de silêncio, minha mente insana cansou de jogar...

Decifrando letras.

04 agosto, 2007

Todo dia ao levantar da cama pensa - "o que fazer hoje?" -

O tempo todo procura respostas para as suas indagações, suspiros profundos lhe vem como respostas. Vale até imaginar em se atirar com tudo na loucura que é a vida, mas os pés no chão continuam agarrados com toda força, como se colados com super bond.

- "Ai, como eu queria..." -
Haja paciência para aturar todas aquelas pessoas que passam diariamente ao lado. Nada faz sentido, as pessoas perderam o gosto. O bom gosto, o bom senso, o senso comum virou piadinha interna dentro das repartições. - "Pois é, se você não entendeu, imagine eu".

Permanecia intacta às provocações cotidianas, às fofoquinhas dentro e fora de sua mente.

- "Só quero sobreviver..." -

E ao se deitar, sentia um peso enorme, como se o dia não tivesse passado de um pesadelo na noite anterior. - "Que horror, o que estou fazendo da minha vida".

E então deu um primeiro passo, pegou papel e lapisera 1.6 e começou a descrever tudo que tinha vivido até alí e com o tempo ia se sentindo calma, pois afinal tinha conquistado algumas coisas durante aquela vida atormentada e notou quanto fácil era entender seus questionamentos dentro de si e fora da sua mente conturbada e insana. - "Ah, eu sou só mais uma. Mas não quero me conformar nem me contentar com isso, parece-me tão pouco."

E então todas as noites decifrava pensamentos, perguntas e respostas e de tudo que vivenciava decifrava em letras. E assim, procurava se fazer notar, não para os outros, mas para si. Adorava acordar de manhã cedo e compreender que nada aconteceria se ela mesma não o fizesse. Meditava, começava a literalmente viver, ainda com sua mente insana, no entanto, menos alienada possível. Tornou-se mais fiel às suas conquistas e aos seus objetivos, agora reais, decifrando palavras, textos, letras.