metamorfose ambulante

29 julho, 2011


O que mais me assusta é não conseguir controlar a minha vida pessoal e os impulsos que produz, de certa forma estagnam outros setores. Colocar um ponto final nos meus sentimentos é o que há de mais difícil, e olha que eu tento... Dia após dia, como uma atividade cansativa, uma corrida sem parar em uma meia maratona. Mas está impregnada essa mania de ser emocional demais, sentimental demais.

Pergunto-me quando aprenderei a ser um pouco mais dura comigo mesma. Quem sabe uma vidinha fútil me ensine, feche os meus olhos, coração, boca e ouvidos ao que acontece ao meu redor. Mas uma vidinha assim parece tão pequena diante dos meus princípios e virtudes. A característica mais marcante, em mim, é essa contrariedade. Essa confusão mental que eu mesma crio diante de um problema. Os obstáculos que eu mesma construo frente a uma escolha. Isso tudo me cansa, é exaustivo ser assim. Mas eu não consigo ser diferente, por mais que eu tente colocar uma pedra no lugar do coração.

Às vezes me sinto no inferno, dentro de mim mesma. Contando as horas, os minutos, os segundos para tomar uma decisão, para ser melhor para mim - tão bem quanto sou para os outros. E os outros?! Estão mais preocupados consigo, para esses que o mundo se exploda.

E o mais engraçado nisso tudo, ou absurdo, é que nessa confusão mental e pessoal eu vou aprendendo a cada passo errado e incerto... Portanto, dou vida - de um modo meio torto - para essa metamorfose ambulante, que insiste em construir e desconstruir seu casulo.

FLORES CAINDO COMO NEVE

03 julho, 2011



O tempo passa tão rápido e nem percebemos. Quando nos damos conta, já passou. E aí, vem aquela nostalgia por não ter feito isso ou aquilo, não ter ido ali ou acolá. Mas já passou, amigo. O negócio é continuar a caminhada e tentar realizar o que não ficou para trás.

Em janeiro, eu estava desempregada e desesperada atrás do ofício dos sonhos. Fiz uma, duas, três, quatro entrevistas, e nenhuma me agradava (e vice-versa). Confesso que fui bastante exigente na escolha, colocando em pauta o crescimento profissional e o retorno financeiro. Até que em um dia quente de fevereiro, numa quarta-feira, fiz duas entrevistas e a segunda deu muito certo. E onde me encontro até este momento. Não tenho - ainda - o retorno financeiro dos sonhos, mas o crescimento profissional está cada vez mais em evidência e isso, de certo modo, faz com que eu queira crescer cada vez mais; seja neste ou em qualquer outro lugar. As oportunidades aparecem poucas vezes na vida, cabe sabermos se nos serve ou não.

Até agora tem me servido e sou feliz, apesar da carga de trabalho. E em certos momentos temos que nos esforçar um pouco mais para construirmos novos sonhos, novos objetivos, novos horizontes. O tempo passa tão depressa, e não temos mais controle sobre ele. Precisamos dele, mas não cuidamos como deveríamos. Cuidar para não deixá-lo escapar pelas mãos, pelos passos, pelas escolhas.  

Já disse Fernando Sabino: O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove

E esses caminhos podem significar várias indecisões das nossas vidas, seja no amor, na saúde, na família, na área profissional ou em coisas pequenas significativas para nós. O que nos cabe é interpretar cada indecisão, cada escolha para saber se se encaixa em cada aresta...

Determinados ou não, as escolhas são necessárias e preenchem cada passo incerto. Cada caminho bem ou mal escolhido. E, vamos em frente!