mar de amor

13 novembro, 2013

arde
invade as entranhas desse mar

mar que se diz amar(go!)

vai! sem remar, sem re-amar
cruzando marés de mares ácidos

(a)mar aberto, as ondas que inundam o ser

música

música
música
música

dó, ré, mi, 
fá, sol, 
lá, 
si 


de quem não sente a música

o som, o preenchimento

a mais pura solidão

aumenta o volume, libera o arrepio

MÚ - SI - CA

imagens, contradições 

abstratas leituras mentais

o que é a música? 
um cenário?

um amor?
uma cor?

uma nota, duas, três, quatro... 

melodia, luz, música, ação, ritmo

POESIA dedilhada 

acordes da realidade... SONHE! 

Encante, cante, ouça música.

O homem mais rico do mundo

Era uma bonita luz. Algo sobrenatural emanava daquela alma. Pura. Livre. Difícil descrever o que senti ao ouvir as primeiras palavras. Um tom extasiante, que me deixou vidrado nos movimentos do corpo dela. Como uma música, instigou-me a querer ouvir cada nota. 

Um repertório melódico e ritmado fez meus olhos sorrirem envergonhados, porém cheios de “tesão”. Excitação no sentido mais sutil. Não que o tesão carnal não seja puro, também o é, mas uma excitação repleta de amor. Seria amor o que senti naquela breve troca? 

Cada dia a mais ao lado dela é como ganhar um ano a mais de vida. As trocas aconteciam de tempos em tempos. Cecília tem alguma coisa de magia no seu jeito de olhar. Eu tenho medo, muito medo. Mas o receio não me paralisa, e são tão poucas as horas na sua companhia.

O sorriso dela... Ah! Um sorriso lindo, de uma beleza límpida. Daqueles que curam qualquer mau humor. Sinto-me protegido quando encosta seu corpo no meu, fazendo subtrair toda dor ou angústia. Ela tem um poder sobrenatural, só pode! Ou estou completamente apaixonado e nem sequer me dei conta. Afinal, têm anos que não me sentia assim... Especial.

Lia me deixa louco com seu jeito natural de ser. Surpreende meus dias com sua inteligência, coloca cor na minha vida. Não sinto preguiça, nem acho que as coisas e pessoas são entediantes. Fez-me enxergar com olhos de magia. Quem sabe eu ainda não tenha despertado a consciência. Eu acho graça quando ela para, para escutar o cantar de um passarinho. Quem é que liga para essas coisas hoje em dia? 

Tão linda. Tão mulher e tão menina. Quero Cecília pra mim, mas sei que não posso ser dela. Cecília é livre. É pura. É ela.

E quando ela é minha, naquelas tão poucas horas, eu sou o homem mais rico do mundo.        

Veia literária

06 novembro, 2013

Talvez eu não saiba o que escrever nesse momento da vida, mas tenho refletido bastante sobre minha veia literária. É certo que não tenho dado a devida atenção, deixei de alimentá-la para alimentar um pouco de mim. Ao mesmo tempo que os nutrientes literários me faltam, formando um buraco vazio e oco, pedindo para ser preenchido.

Mas preenchido de quê?! Aquela velha agonia de  não saber qual caminho seguir: crônicas, contos, poesia, histórias aleatórias, iniciar um livro talvez. Não sei, e enquanto não descubro a veia literária pulsa latente. 

Falta-me um impulso, uma verdade a ser escrita. Algo que mude a minha vida e a vida de outras pessoas. Não, não uma autobiografia. Minha vida só não é suficiente para fazer mudar o caminho alheio. Mas quem é que muda, afinal, o caminho de alguém se não nós mesmos?