Tem dias que os pensamentos me enforcam, implodindo todo tipo de sentimento dentro de mim. Rasgando cada partícula de força que me mantém presa ao chão. Revido em lágrimas toda a angústia gerada por essa violência interna que eu ainda permito.
Policio-me a todo instante, impedindo que as forças concretas abalem a estrutura tão segura que eu mesma construí, mas tudo é tão inconstante. Tão estranho, que os abalos sísmicos tornam a voltar, entregando o que há de mais sentimental em mim. Lembrando que aqui dentro ainda vive alguém.
Mas eu me policio mais uma vez, esvaziando as lágrimas e as repentinas dores que me cercam durante a implosão. De nada adianta, pois tudo é arremessado dentro da bolha, e sempre reflete de volta. Ainda que a bolha tenha perdido um pouco sua força sobre mim, ainda me escondo no casulo, com medo - quase imortal - de viver, de sonhar. De amar.
Mas eu me policio mais uma vez, esvaziando as lágrimas e as repentinas dores que me cercam durante a implosão. De nada adianta, pois tudo é arremessado dentro da bolha, e sempre reflete de volta. Ainda que a bolha tenha perdido um pouco sua força sobre mim, ainda me escondo no casulo, com medo - quase imortal - de viver, de sonhar. De amar.
Estranha forma de gerir meus sentimentos, engulo em seco cada um deles por puro medo de me afogar. E quando me falta um pouco de ar, expiro e inspiro tentando me salvar: de mim mesma. Eu não sei para onde vou, nem mesmo quem realmente sou. Tenho apenas consciência que continuo na estrada errada do meu caminho, e entre pedregulhos e farpas vou me construindo e desconstruindo.
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