sou tudo, sou nada

22 fevereiro, 2012


Pensar, pensar, pensar. É o que tenho feito nos últimos dias, semanas, meses. Encarando meus problemas, aceitando-os de forma a entendê-los e resolvê-los, dentro e fora de mim. No meu - eterno - emaranhado de pensamentos tento me encontrar, perder e achar. Pensar cansa, por vezes atrasa e, na maioria das vezes, machuca; porque quando pensamos descobrimos que nem tudo e nem todos são como imaginamos ser. Nem eu mesma sou quem penso ser. Louco? Realidade. 

As pessoas são más, na maior parte do tempo julgam, sugam, falam, brigam, entediam. As pessoas são entediantes, chatas e rabugentas (eu também). E vida que segue. 

Sou feita de fases. Fases de bagunça, solidão, abrigo, amizades, trabalho, estudo, fases de "não tô nem aí pra hora do Brasil". Momentos de extrema tristeza e extrema felicidade (sem razão aparente). Fases que não se explicam, fases de Lívia, Líviarbítrio, Cecília, fases de nada. Às vezes me completo em todas as fases e fico confusa dentro da minha caixa. Aliás, prefiro ficar "dentro da caixa" que fora dela. Há momentos que a vida entedia, tenho preguiça de viver, respirar. Mas tenho outros encontros comigo que me fazem seguir adiante, tomar decisões, recriar, reconhecer. 

Também sou maluca, estranha, burra, devagar, distraída. Quero tanto e espero tão pouco. Sou jazz, blues, rap, hiphop, soul, pagode, samba, new age, clássica, psi, reggae... Lua cheia (vazia), crescente, minguante, lua nova. Primavera, verão, outono e, o tempo todo, inverno. Sou sorrisos, choros, desespero, zen. Às vezes quero abrir um buraco no meio da cama e me esconder alí, mas eu sei que uma hora o despertador vai tocar e me tirar do tédio, quando então volto à realidade.

Sou imensidão, sou mar e me afundo no mais profundo do meu ser. Não gosto de ser assim, e sempre repito: preferia ser entediante, fútil e inútil; assim pensaria menos descobriria pouco e (sobre)vivia sem grandes alcances. 

Enfim, também sou exagero.