Pitágoras

27 julho, 2009



A harmonia é a alma do Universo.

Mudanças.

23 julho, 2009

Por que o ser humano gosta tanto de mudanças? Dia após dia procuram algo para melhorar, ascender e, até mesmo piorar. Das coisas pequenas, mundanas e fúteis até novos empregos, cursos profissionalizantes, viagens (mudanças que, verdadeiramente, agregam a existência). O fato é que mudar é bom, mesmo que seja a cor do cabelo ou o jeito de se vestir. Até mesmo o modo como passamos a ver o mundo. Ah, se todos conseguissem ver o mundo com olhos de criança.
Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim tão diferente.
(Cássia Eller)
Tudo muda o tempo todo. Não percebemos ou fingimos. Ou quando percebemos, não damos o devido valor. Mudamos todos os dias ao levantarmos, ficamos cada vez mais velhos e pensamos cada vez mais diferente, conforme a transformação do mundo. Poucos mantêm os mesmos pensamentos e princípios. As necessidades nos transformam de algum modo, mesmo que seja tão pouco e quase imperceptível, mas faremos algo diferente. Até a rotina se transforma sem percebermos. E, infelizmente, ficamos cada vez mais dependentes (de nós mesmos).
Engraçado. Tenho reparado em como as pessoas tendem a pensar sustentavelmente. Praticando o desapego ou aderindo ao consumo consciente. Pena que muitos acabam ficando egoístas e esquecem que essas atitudes têm por objetivo melhorar a compaixão para com as transformações do mundo e para com as pessoas. Há uma grande miopia ao que é o desapego e o consumo sustentável.
É
bom pensar sistematicamente, globalmente, nunca falamos ou pensamos em algo sem atentarmos ao todo. Um assunto sempre puxa outro assunto e vivemos nessa imensa linha imaginária que nos une. O mundo é plano. E em cada ponto deve existir alguém pronto para sustentar e para melhorar o estado e o lugar das coisas, rumo às mudanças que valham a pena. No entanto, é necessário autoconfiança e autoconhecimento. Se não nos sentirmos prontos, é melhor "passar a bola", caso contrário o re-trabalho é mais cansativo.

As mulheres e a guerra

10 julho, 2009



Na minha opinião, na próxima guerra, dever-se-ia mandar para as primeiras linhas as mulheres patriotas de preferência aos homens. Isto seria pela primeira vez uma novidade neste mundo desesperado de horror infinito e, além disso, por que não utilizar os sentimentos heróicos do belo sexo de modo mais pitoresco do que em atacar um civil sem defesa?


EINSTEIN, Como vejo o mundo (1981)





É a semana da mulher por aqui, ;)
pic: sxc.hu

Bárbara: seus amores e dissabores

09 julho, 2009

Por que diachos tentamos compreender o amor? Por que não o aceitamos como normalmente aceitamos todas as coisas que nos são impostas? Com seus erros e acertos. E danem-se os erros?


Bárbara é uma menina meiga, de pele muito branca e cabelos curtos. Exala uma vivacidade que vem da alma e de um coração que foi consertado algumas vezes, sem saberem que é um dos corações mais certos que há no mundo. Adora falar sobre o amor, sobre os seus encontros e desencontros. E eu, como uma boa ouvinte, estou sempre de olhos abertos (ela mora longe de mim) para entendê-la.


Após compreender um de seus encontros e desencontros (entenda como aquele amor que arrebata o coração e gruda como chiclete), escreveu-me o seguinte:


Fácil falar “eu te amo”, como se isso fosse resolver tudo. Muito fácil e prático. Mas isso tudo nem pode chegar a ser AMOR, pois é preciso ter VERDADE, SINCERIDADE, RESPEITO e CUMPLICIDADE, aí sim nasce o amor. E pensando bem nos iludimos com um breve momento de "amor". Ilusão óbvia e clara com apenas esse momento que vem, passa, deixa algo e vai embora.


Achei lindo. Mas convenhamos que é difícil enxergar. Sabemos que tudo isso está aqui e ali. É fato a existência de todas essas atitudes para que o amor seja puro. Ou o amor é completo ou é um amor meia-boca. E quem é que suporta um amor mais ou menos? Quase todo mundo, na ânsia de ter um amor qualquer. Eu não quero um amor qualquer. Eu não sinto um amor qualquer, independente se a reciprocidade é intensa ou não.


Sempre que nos falamos discutimos sobre isso, pois ela sempre tem assuntos referentes aos seus amores e dissabores, e aprendemos uma com a outra. Mesmo que muitas vezes eu puxe a orelha dela e tente fazer com que ela grude os pés no chão com durepox. Mas vou te dizer, a branquela é difícil, viu?!


Falo aqui falo ali. Alguns lêem autoajuda, outros consultam psicólogos, enquanto milhões desabafam com seus melhores amigos. E o amor vai fluindo. Apesar de todos os seus dissabores o amor é o troço mais lindo que o homem inventou, sem saber qual é o ingrediente principal. É isso e deu, sem mais nem menos. Se futucarmos ali e acolá vamos achar pura ilusão. Li isso no messenger de um amigão - com A maiúsculo (A de amor): Não procure além. É ilusão. Profundo e verdadeiro se levarmos ao pé da letra.


Aqui estou falando de amor de novo. Volta e meia esse blog fica com cheiro de brigadeiro, porque amor tem cheiro doce. E não há melhor cheiro do que chocolate. Mesmo que às vezes seja enjoativo.


Bárbara: te amo churumela.

O mundo sem as mulheres (Arnaldo Jabor)

07 julho, 2009

O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra quê?
O sujeito quer ficar famoso pra quê?
O indivíduo malha, faz exercícios pra quê?
A verdade é que é a mulher o objetivo do homem.
Tudo que eu quis dizer é que o homem vive em função de você.
Vivem e pensam em você o dia inteiro, a vida inteira…
Se você, mulher, não existisse, o mundo não teria ido pra frente.
Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem, para conquistar um sujeito igual a ele, de bigode e tudo.
Um mundo só de homens seria o grande erro da criação.
Já dizia a velha frase que atrás de todo homem bem-sucedido existe
uma grande mulher.

O dito está envelhecido.
Hoje eu diria que ‘na frente de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher’.
É você, mulher, quem impulsiona o mundo.
É você quem tem o poder, e não o homem.
É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro, o filme a ser visto, o local das férias.
Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida ficou na frente de todos os homens.

E, se você que está lendo isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher. Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens. Já pensou? Um casamento sem noiva? Um mundo sem sogras? Enfim, um mundo sem metas.

ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE MULHERES:

1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2 - O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.
3 - A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4 - O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5 - Como são encantadoras quando comem.
6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- Como ficam lindas quando discutem.
11- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
12- O brilho nos olhos quando sorriem.
13 - Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.
14 - O jeito que tem de dizer ‘Não vamos brigar mais, não..’
15 - A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
16 - O modo de nos beijarem quando dizemos ‘eu te amo’.
17 - Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
18 - O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
19 - O jeito de pedir desculpas por terem chorado por alguma bobagem.
20 - O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
21 - O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo
(embora jamais admitamos que doeu).
22 - O jeitinho de dizerem ‘estou com saudades’…
23 - As saudades que sentimos delas.
24 - A maneira que suas lágrimas têm de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.


_________
Para todas as mulheres do mundo! ;)

Você sabe o que é isso?

03 julho, 2009

Abstração

Jurisdição

Exerça influência sob o seu devaneio


Conclua

Expulse

O poder de abstrair-se em totalidade


Sonhe

Não careça de outros para viver

Você basta


Clichês?

Tão bom quanto os suflês.


Cure-se

De todo mal

Como num lampejo

Incandescente

Indecente

Complacente

Mente

Gente

Grande gente

Que implora em si o amor

Ego-amor.

Centre-se em ser o que de fato deves ser

Deveras impossível transpor o inatingível pelo possível

Crente

Cante

Sublime, em sublim’ázia

Crie, criar é uma arte. Crie-se.


Agora chega dessas bobagens.

O pensamento filosófico e a física

01 julho, 2009

Albert Einstein em seu livro intitulado Como Vejo o Mundo (1981) conta, em um dos capítulos, a época em que foi convidado a escrever um artigo sobre Bertrand Russel. Antes de iniciar seu discurso, faz alguns questionamentos relacionados à física e ao pensamento filosófico. Agradei-me das interrogações que descrevo a seguir.


Primeiramente, ele mesmo admite a sua ineficiência no processo de escrita, principalmente no que diz respeito ao Russel, no entanto, um pensamento o consola: quem fez a experiência de pensar em outro domínio sobrepuja sempre aquele que não pensa de modo algum ou muito pouco.


Em seguida ele começa o seu artigo e faz as seguintes indagações:

Na história da evolução do pensamento filosófico através dos séculos, uma questão vem sempre em primeiro lugar: que conhecimentos o pensamento puro, independente das impressões sensoriais, pode oferecer? Será que tais conhecimentos existem? Do contrário, que relação estabelecer entre nosso conhecimento e a matéria bruta, origem de nossas impressões sensíveis? [...]

Um crescente ceticismo manifesta-se diante de qualquer tentativa de procurar explicar pelo pensamento puro “o mundo objetivo”, o mundo dos “objetos” oposto ao mundo simplificado das “representações e dos pensamentos”.


Diante dessas perguntas, questionei-me sobre onde ele queria chegar: Será que não conseguiríamos explicar o mundo objetivo sem as influências que, de certo modo, transformaram o nosso pensar? É necessário considerar nossas impressões sensoriais para explicar as coisas do mundo? E como nos abstermos do pensamento puro?


Fiquei certo tempo pensando sobre isso. Continuei a ler, e Einstein cita a introdução de um livro de Russel, An inquiry into Meaning and Truth:


Começamos todos com o realismo ingênuo, quer dizer, com a doutrina de que os objetos são assim como parecem ser. Admitimos que a erva é verde, que a neve é fria e que as pedras são duras. Mas a física nos assegura que o verde das ervas, o frio da neve e a dureza das pedras não são o mesmo verde, o mesmo frio e a mesma dureza que conhecemos por experiência, mas algo de totalmente diferente. O observador que pretende observar uma pedra, na realidade observa, se quisermos acreditar na física, as impressões das pedras sobre ele próprio. Por isto a ciência perece estar em contradição consigo mesma; quando se considera extremamente objetiva, mergulha contra a vontade na subjetividade. O realismo ingênuo conduz à física, e a física mostra, por seu lado, que este realismo ingênuo, na medida em que é conseqüente, é falso. Logicamente falso, portanto falso.


Muitas coisas, neste trecho, respondem aos questionamentos anteriores. Sabe-se, ou ao menos se considera que tudo é física. A vida é física, por mais que no longínquo de nossos pensamentos atrelamos à Deus a nossa existência. No entanto, tudo parece mais entendível quando pensamos na física como criadora do Universo. Ainda que toda a subjetividade esteja nas entrelinhas.


Continuo a refletir sobre o que Einstein e Russel disseram, e me fascina questionar-me por meio das minhas observações quais seriam a respostas exatas – se é que existem. Estou engolindo o livro, tenho que ir e vir para compreender o pensamento do autor. Já separei mais alguns trechos interessantíssimos que logo publicarei aqui para questionarmos juntos os questionamentos da vida. Se conseguirmos sair da zona de conforto que nos acomoda e nos transforma em meros expectadores.


Até a próxima. E aproveito para agradecer os comentários do post anterior, obrigada por não me deixarem desistir, um beijo.


EINSTEIN, Albert. Como vejo o mundo. 13. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.