Mais uma primavera

29 dezembro, 2011





Nos últimos anos tenho vindo aqui compartilhar as sensações deste dia. 

Fazer aniversário já não é mais aquela alegria de criança, a "idade" vem chegando de mansinho, não tem mais docinho, balão, bolo, salgadinho e seus amigos correndo pela casa brincando de pega-pega. O peso das responsabilidades aumenta e, querendo ou não, olho para trás e percebo quanta coisa deixei passar. 

Porém, é o dia que mais recebemos bons fluidos, boas energias, as pessoas te desejando "tudo de bom" faz com que o dia seja repleto de paz. Aos 27 anos, queria ter a mágica de voltar pra barriguinha da mamãe e recomeçar. Mas, hoje é um recomeço, uma renovação de pensamentos, de prioridades, de escolhas, de felicidades e também de tristezas. 

Dá um medinho bom pensar no hoje e no amanhã, nas coisas que ainda estão por vir. A única certeza que tenho é que quero outras primaveras, outras flores, outras sensações, porque a cada ano sinto uma coisa diferente. Hoje sinto uma grande crise, dúvidas, incertezas, sonhos, objetivos contraditórios, mas sinto também que tenho amadurecido, recriado, por vezes, uma Lívia adormecida e que deseja apenas ser quem ela é!

Feliz aniversário pra mim!




respirar

17 dezembro, 2011

Há algum tempo não me sinto inspirada para escrever. Minhas palavras, pensamentos, sensações que antes vinham com tamanha facilidade, já não preenchem minha mente. Absorta nas prioridades do dia a dia, nas responsabilidades e decisões, deixei a essência da pseudo-escritora que existia em mim se desfazer como gelo.  

Mas sinto falta de vir aqui e desabar minhas sensações em palavras, arrancá-las de mim. Desfazer-me em lamentações, mas também em aprendizados. Algumas palavras me definem, talvez já as tenha escrito aqui: medo, contradição, preguiça, força e uma pitada de ambição, que nem sempre costuma sair do pensamento à ação. A verdade é que eu cresci, amadureci, aprendi, de certa forma, a lidar com os meus medos e deixá-los fazer parte da minha vida em sua totalidade. 

Não sei se ainda tenho a essência que me fazia feliz, que não me deixava levar as coisas tão ao pé da letra como tenho levado. Esse fato me angustia, como uma forca apertando cada vez mais, como se meus pulsos estivessem presos, amarrados no passado e no futuro, obstruindo meu presente.

Ainda não sei como desamarrar esse nó, mas já consegui afrouxar boa parte. Do meu jeito meio torto, vou levando a vidinha mascarada pela Lívia profissional, pela Lívia filha, pela Lívia amiga. Esquecendo da Lívia que cuidava da Lívia e dava a ela a oportunidade de ser ela mesma. Sinto falta dela. Da Cecília. Mas tudo é crescimento, compreensão, um dia tudo isso vai se explicar de alguma forma, vai fazer sentido. Poderei olhar para trás e perceber que nem tudo foi por acaso, que quase tudo foi necessário acontecer. 

É difícil aceitar os fatos, mas o mínimo que é possível fazer, são recriá-los, recomeçar quantas vezes for preciso.

confusões

29 novembro, 2011


É mais um dia daqueles, em que ela se encontra para uma conversa informal. Indaga e faz afirmações sem muita convicção. Questiona porque as coisas têm de ser tão difíceis, complicadas. E o medo? Esse medo comovente de viver? Mas não, acostumada a sobreviver acaba por continuar vivendo uma vidinha sem muitas emoções, ainda que suas emoções sejam uma montanha russa. Às vezes fica de cabeça pra baixo e aguarda que alguém dê aquele empurrãozinho, caso contrário fica ali emperrada, olhando a vida de cima. Sente que vive quando suas emoções fazem um looping daqueles de tirar o fôlego. Mas, como toda montanha russa, têm os momentos de frio na barriga e medo, muito medo. Uma vontade de sair daquelas emoções, descartá-las sem dó nem piedade.

Mas não é possível. Sentimentos fazem parte do seu cotidiano. Enxergar o que ninguém enxerga, sentir o que ninguém é capaz de sentir. Sofrer, sorrir, ficar muda, mas também tagarela quando está preenchida pela angústia e solidão.

A única conclusão que ela chega, depois de tanto conversar consigo mesma, é que o único desejo seja que todas as pessoas que ama recebam uma bênção e uma glória tão ricas, que sejam capazes de se curar dos seus males e dos males que o mundo traz. Os obstáculos? Eles fazem com que ela cresça, bem como toda a sensação de procurar ser quem ela ainda não sabe quem é!


MAIS UM AMOR INCONDICIONAL

18 novembro, 2011

Não tem coisa melhor do que receber boas notícias! Depois de um dia FODA, chego em casa e recebo uma mensagem: "Filha, a Fê tá grávidaaaa!" Chorei de alegria. Mais um membro, mais um sobrinho, mais um amor.

Parabéns Fê e Ivan! Que esse nenis, que já é abençoado, venha com muita saúde.

DESATANDO OS NÓS

17 novembro, 2011

Chega um momento da vida que precisamos desamarrar os apertos no peito, aquela agonia que invade a garganta, nossa mente e nossas ações. Desatar os nós dos pulsos e pernas que nos impedem de ir adiante... 

Falar, escrever, cantar, agir. Não deixar que o nó aperte o peito e te sufoque. Liberte-se, não há coisa melhor do que ser livre.

Bom dia!

AS PALAVRAS TÊM FORÇA

16 novembro, 2011

Nunca acreditei na força da atração, mas ultimamente as palavras têm sido como um alicerce: eu quero, eu posso! Essa é a minha Lei. 

Lancei meu objetivo ao Universo e que as minhas palavras tenham força diante da força do Universo. 

Amém. 

REENCONTRO

15 novembro, 2011


Às vezes precisamos nos perder para nos encontrar. Vivi isso nos últimos tempos. Perdi-me e me encontrei num emaranhado de interrogações, vazios, receios, desejos, amores e erros.

Não vim aqui para falar dos dissabores da vida, mas do que tenho aprendido. Os erros e descasos que o dia a dia entrega em nossas mãos, são pratos cheios de coisas boas a serem aprendidas. 
  • Aprender a filtrar o que se ouve;
  • Aprender a não levar as coisas tão a sério;
  • Não acreditar em tudo que falam;
  • Dar somente o que receber: se receber sentimento, entregue sentimento na mesma proporção; se receber descasos, mentiras e momentos vazios, entregue o mesmo;
  • Não ser mesquinho. Ainda que não receba aquilo que espera, dê ao outro tudo aquilo que desejar, desde que não fira sua integridade;
  • Dente por dente, olho por olho;
  • [Eu sei! Sou contraditória] Continuando...
  • Descubrir o que satisfaz. Se algo não satisfaz mais, procure outras alternativas, mas não deixe que esse fardo interfira na sua personalidade, tampouco no seu profissionalismo;
  • Não ame, nem coloque sentimento demais nos seus relacionamentos. Uma hora alguém vai te machucar e ir embora sem nenhuma explicação. Entenda: você não precisa de ninguém. Estar bem consigo mesmo é o bastante;
  • Sorria. Um sorriso sempre traz paz para você e para os outros;
  • Estude. Conhecimento é a única coisa que ninguém vai tirar de você;
  • As coisas não vão lá muito bem? Está dando tudo errado? Você se sente um merda? Olhe ao seu redor, terá sempre alguém pior, portanto agradeça por aquilo que tem e procure ser o que você deseja!

Entre outras coisas, a vida vai te moldando, lapidando. Os erros e acertos te fazem uma pessoa melhor, ou pior... Depende do modo como você enxerga! No mais, acredite em algo que te faça maior.

Boa sorte!

metamorfose ambulante

29 julho, 2011


O que mais me assusta é não conseguir controlar a minha vida pessoal e os impulsos que produz, de certa forma estagnam outros setores. Colocar um ponto final nos meus sentimentos é o que há de mais difícil, e olha que eu tento... Dia após dia, como uma atividade cansativa, uma corrida sem parar em uma meia maratona. Mas está impregnada essa mania de ser emocional demais, sentimental demais.

Pergunto-me quando aprenderei a ser um pouco mais dura comigo mesma. Quem sabe uma vidinha fútil me ensine, feche os meus olhos, coração, boca e ouvidos ao que acontece ao meu redor. Mas uma vidinha assim parece tão pequena diante dos meus princípios e virtudes. A característica mais marcante, em mim, é essa contrariedade. Essa confusão mental que eu mesma crio diante de um problema. Os obstáculos que eu mesma construo frente a uma escolha. Isso tudo me cansa, é exaustivo ser assim. Mas eu não consigo ser diferente, por mais que eu tente colocar uma pedra no lugar do coração.

Às vezes me sinto no inferno, dentro de mim mesma. Contando as horas, os minutos, os segundos para tomar uma decisão, para ser melhor para mim - tão bem quanto sou para os outros. E os outros?! Estão mais preocupados consigo, para esses que o mundo se exploda.

E o mais engraçado nisso tudo, ou absurdo, é que nessa confusão mental e pessoal eu vou aprendendo a cada passo errado e incerto... Portanto, dou vida - de um modo meio torto - para essa metamorfose ambulante, que insiste em construir e desconstruir seu casulo.

FLORES CAINDO COMO NEVE

03 julho, 2011



O tempo passa tão rápido e nem percebemos. Quando nos damos conta, já passou. E aí, vem aquela nostalgia por não ter feito isso ou aquilo, não ter ido ali ou acolá. Mas já passou, amigo. O negócio é continuar a caminhada e tentar realizar o que não ficou para trás.

Em janeiro, eu estava desempregada e desesperada atrás do ofício dos sonhos. Fiz uma, duas, três, quatro entrevistas, e nenhuma me agradava (e vice-versa). Confesso que fui bastante exigente na escolha, colocando em pauta o crescimento profissional e o retorno financeiro. Até que em um dia quente de fevereiro, numa quarta-feira, fiz duas entrevistas e a segunda deu muito certo. E onde me encontro até este momento. Não tenho - ainda - o retorno financeiro dos sonhos, mas o crescimento profissional está cada vez mais em evidência e isso, de certo modo, faz com que eu queira crescer cada vez mais; seja neste ou em qualquer outro lugar. As oportunidades aparecem poucas vezes na vida, cabe sabermos se nos serve ou não.

Até agora tem me servido e sou feliz, apesar da carga de trabalho. E em certos momentos temos que nos esforçar um pouco mais para construirmos novos sonhos, novos objetivos, novos horizontes. O tempo passa tão depressa, e não temos mais controle sobre ele. Precisamos dele, mas não cuidamos como deveríamos. Cuidar para não deixá-lo escapar pelas mãos, pelos passos, pelas escolhas.  

Já disse Fernando Sabino: O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove

E esses caminhos podem significar várias indecisões das nossas vidas, seja no amor, na saúde, na família, na área profissional ou em coisas pequenas significativas para nós. O que nos cabe é interpretar cada indecisão, cada escolha para saber se se encaixa em cada aresta...

Determinados ou não, as escolhas são necessárias e preenchem cada passo incerto. Cada caminho bem ou mal escolhido. E, vamos em frente! 
 

liberte a bolha

24 janeiro, 2011

Mais de um mês que eu não passo por aqui para transbordar minhas palavras. Hoje venho com um pouco menos de melancolia e fantasia de uma vidinha borboleta. Apareço como uma mulher em busca de uma recolocação no mercado, determinada a encontrar uma saída para as suas interrogações e desejos.

2011 começou e eu planejo e organizo os meus afazeres enquanto não encontro um trabalho. Dias de preguiça, dias de muita produção para os blogs, dias de atleta, dias de puro planejamento, dias de monografia, dias de revisão. Porém, meus próximos dias precisam ser de ação. Colocar em prática alguns planos. Concluir projetos inacabados, ou  melhor: começá-los.


É hora de me libertar da bolha. É o momento de crescer. 
Em breve volto com novidades.