Penhasco

04 dezembro, 2012




O que dizer da poesia
Tão intensa, tão linda, tão minha e sua
O que dizer das palavras
Tão tristes, alegres e mudas

O que dizer do querer
Que invade sorrateiramente o peito agoniado
Cansado, à espera de um sonho
Um sonho que não é dele, nem dela, nem de ninguém

O vazio que comprova os medos, os anseios diários
Que penetra fundo na epiderme e descama aos poucos
Descama uma vontade indomável de se abrir em pétalas
Ah! Estranha contradição é a vida...

E a música é uma estrada infinita que se caminha sem medo
Pois a melodia é a proteção das almas e dos corpos
Que queimam quando os obstáculos não são finitos
E a cada obstáculo ultrapassado é uma nota musical que cura

Cura a insanidade de se querer ser
De querer ter um campo repleto de fauna e flora
Que se possa caminhar, dançar, cantar, sorrir
Sonhos tão distantes, calejados por uma canção de desespero

Uma preguiça de se abrir, sair do casulo, explodir a bolha!
Receio do que há lá fora, dos insensatos, dos sentimentos
Da poesia, das palavras, do querer, do sonho
Do vazio e da música.

Equilibrar-se na ponta de um penhasco e não temer o voo. 

Feliz e Triste

23 outubro, 2012


Sabe quando você trava uma relação de amor e ódio com você mesmo? Aquela sensação de fracasso que só você sente? Parece apertar a garganta, a cabeça, a alma. É como se nada fizesse sentido, ou tudo - neste momento - passasse a fazer sentido. Ter pernas e não conseguir andar. Braços e não conseguir aconchegar alguém, falar, ver, ouvir, porém não sentir. É o amadurecimento? O envelhecimento? Ou é só uma frustração por não ter alcançado tudo que sonhara outrora? 

Independente se jovens adultos, adultos ou velhos, todos aprendem com as fases da vida. E nem todas as fases são como gostaríamos. O que seria do aprendizado, afinal, se não fosse a dor!?

Mas que dor persistente é esta que não nos (me) deixa alavancar, progredir, crescer. Permanece-se no mesmo ponto, sem saber que direção seguir. Como um pesadelo, do qual tentamos sair, e ficamos presos... Naquele sonho que antes foi o ponto de partida e agora é o sinal vermelho que nos impede de continuar. Travado entre o certo e errado, a continuação ou o recomeço. 

E a sensação de fracasso só faz aumentar a angústia de não ter conquistado nada. Mas ao mesmo tempo ter conquistado pessoas, amigos, família (nosso bem maior). Mas ainda que se tenha a terra, falta mãos firmes para plantar, colher, frutificar. 

E as minhas mãos, ainda tão jovens, sentem dificuldade de construir. Por não saberem, por não sentirem o que de fato é verdadeiro. É uma contradição sem fim. Um embaraço da vida. Um poço fundo que ainda não se pode alcançar a mola propulsora ou a luz no fim de tudo. Do nada.

E os desabafos, choros e risos vão construindo o que se tem dentro do peito, entre ferragens, pedras e flores.

 

MUDANDO OS TEMPOS

03 outubro, 2012

É um processo lento, mas necessário. Foi tenso, vagaroso, porém aconteceu nos momentos certos. E o processo nunca para, está sempre em movimento, mudando os tempos.

Mudar não é um troço fácil. Desabrochar, sair do casulo, encarar a "vida", dar a cara à tapa. São pequenos abalos sísmicos. Entretanto, dar aquela renovada no "visual", reerguer-se e fazer uma reforminha básica por dentro e por fora é o que mantêm a estrutura firme, determinada, bonita. 

Mudar é um troço bonito. Quando a mudança é sempre para o bem. Olhar no espelho, enxergar além do que se vê ali no reflexo e perceber que o brilho é cada vez mais intenso. Não é fácil lidar com nós mesmos, mas quando nos damos bem com quem convivemos 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mês e assim por diante, a mudança é mais zen. 

Há sofrimento, mas é o sofrimento que ilumina. Depois de encarar e aceitar tudo o que dói, o medo não impede de resolver as pendências internas. Tão logo sejam resolvidas, as questões externas são tratadas com mais naturalidade, firmeza e sabedoria.

Aprende-se, simplesmente. Tempo, tempo, tempo... 


Para alcançar o conhecimento, acrescente coisas todos os dias.
Para alcançar a sabedoria, remova coisas todos os dias.
 [Lao Tsé]

 

Caminhos

15 agosto, 2012


Caminhos. 

                   Para que percorrê-los?

                                  Um caminho que leva para céu


                                                                                                 Para o inferno

                                                                                                                                  Para o nada.

Tantas direções, nenhum rumo. Escolha às cegas. Sem objetivo. Só uma meta: percorrer a estrada mais curta. Mas, qual é o caminho? Sentar, divagar e esperar o coelho branco? Mapear e jogar os dados? Planejar cada passo? Mensurar a distância? Mas, qual é o objetivo? 

Um rumo, sem rumo nem direção. Só o horizonte e uma preguiça de adivinhar o final.                          





MÚSICA

10 agosto, 2012

A música tem um poder singular sobre nós. Alcança sensações que coisa alguma ou alguém jamais alcançou. É um estado de espírito, um teletransporte do mundo real para a fantasia, da angústia para a paz.


indefinição

09 agosto, 2012

Ela é um M I S T O.
não, não aquele misto quente, às vezes frio, acompanhado de uma média com leite.

Um misto de sensações.
tão boa quanto o bombom de morango com chocolate. tão ruim quanto a sensação de VAZIO.

Um misto de sentimentos: bons, ruins, amenos. aqueles que agigantam o peito, quase explodindo de felicidade, de tristeza, de

R, 

de preguiça, de tédio.

Um misto de gentes.
feias, bonitas, GOSTOSAS, aflitas, ruivas, loiras, morenas. homens, mulheres, crianças.

Um misto de personalidades.
determinadas, sonhadoras, PECADORAS, fortes, fracas, loucas, santas, fofas, ogras, putas.

Um misto de MENINA e mulher.
um rosto estampado na cara do medo, do sonho, do desejo.

Uma combinação sem exatidão.
Ela é uma 
                              m i s t u r a i n s a n a do que é certo e errado.

Ela é um copo meio cheio, 


                                            meio vazio

Mais um monólogo

22 julho, 2012


Cá estou, para mais um monólogo.

Há coisas que queremos muito. Pessoas que desejamos muito. Sensações e sentimentos que nos elevam a alma, que nos transportam para o mais estranho sonho misturado com uma realidade aparentemente absurda. É fácil nos contentarmos com pouco, é difícil aceitarmos o muito que a vida nos entrega. E o muito nem sempre é a quantidade, mas a qualidade. 

Como já escrevi outras vezes, sinto que perdi parte da essência que me mantinha firme e forte nos meus princípios e valores. Não que eu os tenha perdido,  mas não tenho acreditado muito nas boas intenções das pessoas, da vida, do mundo. E isso tem influenciado absurdamente na minha forma de pensar, de agir, de ser quem eu sou (ou era). 

De alguma forma, sinto que tenho resgatado aquela Lívia que não se importava em sentir, em "morrer" sentindo que o amor ainda vive. No entanto, ainda há um bloqueio que me impede de deixar o sentimento entrar. Nem sei bem qual sentimento é este. Mas quero sentar à beira do mar e enxergar além, em sentir além, e simplesmente não me importar em parecer antiquada.

Tento renascer todos os dias com o pouco (ou muito) que ainda resta da Líviarbítrio, desejo que isto realmente aconteça. Cansa demais ter o coração de pedra. Ainda que seja esta a principal característica de uma capricorniana, ser doce - principalmente, consigo mesma - alimenta a alma e enriquece as ideias. 

E com o tempo, aprender a conquistar os desejos e os objetivos com o coração seguro e a alma liberta de qualquer pudor.   

do tempo

28 junho, 2012

Não sei bem o que vim fazer/escrever aqui. 

Sinto uma imensa saudade da vidinha de algum tempo atrás: poesias, algumas crônicas, tardes debruçada em livros de romance. Madrugadas batendo papo com os amigos na internet. Alguma responsabilidade. Saudade do meu esconderijo, dos domingos percorrendo as praias de Floripa, de ônibus, uma mochila, paz, música e um dinheiro para uma Skol e um sanduíche natural.

Saudade de quando eu conseguia olhar o horizonte e ter esperança. De ficar em êxtase com uma paz que me preenchia só de olhar o mar, molhar os pés e rir sozinha refletindo as minhas maluquices. Saudade de chegar em casa, olhar a parede branca do quarto e espalhar no chão lápis, tinta guache e canetinhas... E em minutos, a parede toda rabiscada com breves desabafos e alguns desenhos. Saudade de chorar sem motivo aparente, mas lá no fundo saber que cada gota de lágrima era uma saudade, uma nostalgia, uma vontade de crescer, uma vontade de desatar meus nós e voar. 

Ah! Tempo que eu era ingênua e via nas pessoas só as coisas boas. Crescer dói, machuca. É como se cada aprendizado, cada "tapa na cara", cada conhecimento adquirido, cada stress do dia a dia vá corroendo a pele, a mente, expandindo a existência. Continuo com muito medo de crescer. Não evoluir, mas crescer. A evolução é uma necessidade. Crescer vem precedido de dores, de sofrimentos, de duros aprendizados. Evoluir resulta em novos olhos, reinventar-se, planejar, administrar a vida sem mais aquele blá blá blá. Evoluímos quando crescemos, e a cada quarteirão uma novidade. Se boa, aproveitar. Se ruim, batalhar para ultrapassar o obstáculo. 

Nesse momento tenho muito a escrever, como um desabafo intenso. Mas essa sensação de nostalgia e certa tristeza logo se esvai, porque há um bloqueio interno que toda vez martela um lembrete, e me recorda que eu não tenho mais tempo para sentimentalismos. E os resquícios de sentimento vão sedimentando a poeira no lugar do coração. 

E a conclusão? Uma bruta saudade de mim... 



 

alguns exageros

02 maio, 2012


Abro o editor. Olho pela janela e contemplo o sol que brilha. Penso em que escrever. Ouço as batidas da música que me invadem pelos fones. Volume: 100%. Sinto o grave. Os efeitos sonoros. Apenas sinto, enquanto tento iniciar algum texto que faça sentido. 

Divagar sobre alguns pensamentos. Talvez não! Lembrar do sonho maluco: uma comunidade liderada por um casal de macacos que falava. Lugar onde bichos-preguiça pulavam, brincavam, corriam. Eram vários deles, grandes, pequenos, filhotes. Será que faz algum sentido esse sonho? Penso, reflito, pesquiso e tento interpretar. Acho que estou em contradição. 

Contradição entre quem eu sou e em quem me tornei? É uma boa possibilidade. Sinto saudade de quem me fazia ver coisas boas no mundo, enxergar o melhor, ao invés de insistir no pessimismo. Se, de alguma forma, eu não fosse espiritualizada, já teria perdido qualquer esperança nas pessoas, na vida. Exagero? Quem sabe. Evitei a essência que me mantinha com os pés no chão e no céu, por medo de continuar levando "tapas na cara". Ninguém entendia mesmo... E talvez poucos entenderam ou se esforçariam para entender.

Sinto como se meus pés e mãos estivessem atados pelo medo. E eu, corajosamente, estivesse usando a boca e a força do pensamento para desatar os nós que me prendem ao meu mundinho. Às vezes queria evaporar. Construir um casulo e ficar ali por horas, dias... Só sentindo a música e ouvindo o silêncio. Gosto desse meu exagero existencial, da forma como os meus pensamentos tomam corpo neste editor de texto. E de não ter receio de expor meus mais estranhos pensamentos.

Talvez ninguém vá entender muita coisa que aqui escrevo. Se escrevo é para liberar espaço dentro de mim para guardar mais alguns sentimentos.


O dia e as rosas

16 março, 2012


Abriu os olhos. Avistou o dia pela fresta da cortina. Bocejou e se alongou preguiçosamente. Tentou lembrar de seus sonhos e pensou que poderia ficar ali, eternamente naquela mesma posição. Mas não. Levantou-se, deu bom dia à flor murcha sobre o armário. Até as flores murchas escondem sua beleza original. Preparou o café. Cortou um belo e suculento pedaço de melancia. Queria alguém para conversar naquele instante. Tornou a olhar para dentro de si e conversou. 

Folheou algumas páginas de um livro inacabado. Passou os olhos pelas responsabilidades do dia. Comeu a melancia como se fosse o último pedaço. Fez um misto e tomou duas canecas de café preto. Colocou algumas músicas para tocar. Escreveu algumas frases soltas. Fez algum planejamento. Listou e separou alguns artigos. Pensou e pensou. Parou para cantar aquela música que gosta. Sorriu e dançou. Expôs seus ombros ao balançar da melodia. Acostumada com a sua solidão, deleita-se. Ninguém teria como julgá-la naquele momento só dela. 

Fechou os olhos e se imaginou. Imaginação era o forte dela. Adorava imaginar. Tal como Alice, como Cecília. Como Lispector. Tem medo dela mesma, das pessoas e da vida. Mas a segue. De alguma forma, há algo superior que a destina, que a segura. Na sua eterna insegurança, presencia sua luta dia após dia. Luta por qual causa? Ela não sabe. Apenas luta, dentro de si. Às vezes pensa em nada, ou seus pensamentos fazem uma reviravolta na mente e nenhum deles se encontra. Ah! Como queria. "Queria o quê?" Quer. Quer um sorvete de açaí, calda de chocolate e balas de goma. 

Gosta de fantasiar, amar, gostar, rezar, sucumbir. Receia querer tanta coisa. A vida não é um mar de rosas. As rosas murcham. Mas lá no horizonte, bem lá longe, sabe que a vida é boa. De alguma forma, ela é boa. Do jeito dela, do jeito que só a vida sabe ser. Fez seu almoço. Lavou as louças. Pensou no longo dia que tem pela frente. Mais uma vez quis alguém para conversar. Olhou para dentro de si e silenciou. 

sou tudo, sou nada

22 fevereiro, 2012


Pensar, pensar, pensar. É o que tenho feito nos últimos dias, semanas, meses. Encarando meus problemas, aceitando-os de forma a entendê-los e resolvê-los, dentro e fora de mim. No meu - eterno - emaranhado de pensamentos tento me encontrar, perder e achar. Pensar cansa, por vezes atrasa e, na maioria das vezes, machuca; porque quando pensamos descobrimos que nem tudo e nem todos são como imaginamos ser. Nem eu mesma sou quem penso ser. Louco? Realidade. 

As pessoas são más, na maior parte do tempo julgam, sugam, falam, brigam, entediam. As pessoas são entediantes, chatas e rabugentas (eu também). E vida que segue. 

Sou feita de fases. Fases de bagunça, solidão, abrigo, amizades, trabalho, estudo, fases de "não tô nem aí pra hora do Brasil". Momentos de extrema tristeza e extrema felicidade (sem razão aparente). Fases que não se explicam, fases de Lívia, Líviarbítrio, Cecília, fases de nada. Às vezes me completo em todas as fases e fico confusa dentro da minha caixa. Aliás, prefiro ficar "dentro da caixa" que fora dela. Há momentos que a vida entedia, tenho preguiça de viver, respirar. Mas tenho outros encontros comigo que me fazem seguir adiante, tomar decisões, recriar, reconhecer. 

Também sou maluca, estranha, burra, devagar, distraída. Quero tanto e espero tão pouco. Sou jazz, blues, rap, hiphop, soul, pagode, samba, new age, clássica, psi, reggae... Lua cheia (vazia), crescente, minguante, lua nova. Primavera, verão, outono e, o tempo todo, inverno. Sou sorrisos, choros, desespero, zen. Às vezes quero abrir um buraco no meio da cama e me esconder alí, mas eu sei que uma hora o despertador vai tocar e me tirar do tédio, quando então volto à realidade.

Sou imensidão, sou mar e me afundo no mais profundo do meu ser. Não gosto de ser assim, e sempre repito: preferia ser entediante, fútil e inútil; assim pensaria menos descobriria pouco e (sobre)vivia sem grandes alcances. 

Enfim, também sou exagero. 

BLOCO DE NOTAS

25 janeiro, 2012

Nunca tive o propósito de ser perfeita. E acho que ninguém deseja essa qualidade (defeito), apesar de cobrar tanto de si mesmo. Eu só pretendo ser, sempre pretendi ser eu mesma, sem me preocupar com a deficiência alheia em entender meus motivos. Mas não parece tão fácil assim fingir que as opiniões não afetam, de certo modo, minhas decisões. Sempre desejei muitas coisas, ao mesmo tempo que quase sempre desisti delas. Por insegurança ou por causa da opinião das pessoas mais importantes da minha vida. 

Tomei decisões erradas, acertei em algumas. Aprendi, chorei, sofri, mas sempre continuei, ainda que minhas pernas não andassem por si só, continuei caminhando. Caminhei sem rumo, sem destino. Poucas vezes acreditei em destino, são só coincidências. Muitos sonhos nunca saíram da mente, poucas foram para o papel, quase nenhuma foi realizada.

Tenho arrependimentos, frustrações, desejos intensos, medos. Sou uma pessoa normal, mas que não exita em muitas vezes ser quem é, como também esconde o seu melhor e o seu pior. Achei que dificilmente tomaria decisões tão importantes, que mudariam quase que definitivamente o meu cotidiano. Mas tomei, e acredito estar pronta para enfrentá-las. Chega uma hora que é preciso. E essa hora é agora. Antes que eu desista mais uma vez de mim. 
Paz.


HOUVE UM TEMPO

18 janeiro, 2012


Houve um tempo que tudo era aparentemente fácil. A responsabilidade não era assídua, as vontades não passavam de um algodão doce, o choro era manha e o sofrimento um arranhão no joelho. Mas esse tempo passou rápido demais, sequer percebemos as mudanças que gerou; e acabamos por receber essas mudanças com um "tapa na cara". Doído, que deixam marcas e são transparentes.

Há muito tempo pela frente, suficiente para levar outros tapas e aprender sobre cada transformação do eu. Entretanto, será sempre difícil lidar com isso. Ao mesmo tempo que permanecemos em paz, provocamos um turbilhão de sensações frias, estranhas, sentimentos que invadem de tal forma que nos deixa intactos, com medo de sair do lugar e aquele peso nos levar ao chão. 
 
A frustração chega de mansinho e se instala, transformando a paz numa angústia de tirar o fôlego. Eu me pergunto: por que deixamos isso acontecer? Por que não tomamos parte das nossas responsabilidades com os pés no chão, por que não somos capazes de encarar os desafios sem que eles nos impeçam de tentar antes mesmo de decidir partir adiante? 
 
Ser adulto não é legal. É saber que abrimos mão de muitas coisas para ser alguém. É descobrir que nem todo mundo é tão legal como você imaginava. É sofrer por coisas que parece que nos matam por dentro. É se transformar numa pessoa amarga, dura consigo mesmo. Ser adulto é conhecer um mundo real, diferente daquela fantasia de criança. Ser adulto é crescer e crescer dói, como uma dor de dente que só passa com remédios. E assim, vamos medicando o dia a dia para engolirmos os sapos.
 
Feliz daquele que consegue estar em paz, mesmo quando as coisas não são como deseja.