Feliz e Triste

23 outubro, 2012


Sabe quando você trava uma relação de amor e ódio com você mesmo? Aquela sensação de fracasso que só você sente? Parece apertar a garganta, a cabeça, a alma. É como se nada fizesse sentido, ou tudo - neste momento - passasse a fazer sentido. Ter pernas e não conseguir andar. Braços e não conseguir aconchegar alguém, falar, ver, ouvir, porém não sentir. É o amadurecimento? O envelhecimento? Ou é só uma frustração por não ter alcançado tudo que sonhara outrora? 

Independente se jovens adultos, adultos ou velhos, todos aprendem com as fases da vida. E nem todas as fases são como gostaríamos. O que seria do aprendizado, afinal, se não fosse a dor!?

Mas que dor persistente é esta que não nos (me) deixa alavancar, progredir, crescer. Permanece-se no mesmo ponto, sem saber que direção seguir. Como um pesadelo, do qual tentamos sair, e ficamos presos... Naquele sonho que antes foi o ponto de partida e agora é o sinal vermelho que nos impede de continuar. Travado entre o certo e errado, a continuação ou o recomeço. 

E a sensação de fracasso só faz aumentar a angústia de não ter conquistado nada. Mas ao mesmo tempo ter conquistado pessoas, amigos, família (nosso bem maior). Mas ainda que se tenha a terra, falta mãos firmes para plantar, colher, frutificar. 

E as minhas mãos, ainda tão jovens, sentem dificuldade de construir. Por não saberem, por não sentirem o que de fato é verdadeiro. É uma contradição sem fim. Um embaraço da vida. Um poço fundo que ainda não se pode alcançar a mola propulsora ou a luz no fim de tudo. Do nada.

E os desabafos, choros e risos vão construindo o que se tem dentro do peito, entre ferragens, pedras e flores.

 

1 comentários e idéias:

Guga Detoni disse...

ou não