Desejos de uma vida borboleta

07 dezembro, 2010


Eu sempre tive um olhar diferente sobre o mundo, talvez isso tenha me feito tão frágil e/ou tão forte para enfrentar certas situações. Situações pequenas, porém conflitantes. Tive certo medo do novo, do estranho, da distância, da saudade, da busca incessante pela liberdade. Tive medo de tantas coisas, mas ao mesmo tempo tanta vontade. Entretanto, algumas eu fiz outras nem tentei. Arrependo-me de algumas, orgulho-me de outras. Assim vou delineando minha vida do meu jeito. Meu jeito estranho, louco, complexo, pervertido, incompreendido, cheio de vitórias, cheio de derrotas, cheio de alegria.

Às vezes me pego pensando no passado, um passado tão curto mas que daria um livro e tanto. Todo dia sou entorpecida por pensamentos frutos da minha imaginação. Ahhh, se eu realizasse todos esses possíveis "sonhos". Eu não teria medo de nada, ou de quase nada. 

Eu procuro não me importar com a opinião velha e seca das pessoas. As certinhas, as que idolatram coisas e seres sem fundamento algum. Gosto das pessoas de opinião forte, de personalidade forte e que atraíam frutos verdadeiros, limpos, maduros. Assim como os morangos. 

Os morangos da vida são desejos tão intensos, tão cheios de, de... Nem sei. Orgulho-me, de certa forma, do presente. Presente este que me deu a liberdade de vivenciar novas formas de vida, curtindo momentos só meus, nossos, de outros também. Nada interfere na minha efêmera e longa liberdade. Minha liberdade é como uma borboleta, que sai do  casulo todo dia de manhã. E só eu, somente eu, adestro à minha maneira. 

Está bom, às vezes alguém interfere e adestra. Mas em segundos eu laço mão dela e pronto, já coloco na minha caixinha. Minha borboleta tem tatuado um morango, como esse da foto, inebriada por desejos insanos. Meus desejos, pensamentos, vontades, lutas são como morangos, grandes e vermelhos. Como um por um, deliciosamente. 

Faço verdade, essas pseudo-verdades que aqui exponho.  À eterna borboleta e ao meu livre arbítrio rumo a um futuro incerto.       


Madana Mohana Murari

26 outubro, 2010


Cá estou, nesta infinita vontade e coragem para escrever. Sobre momentos tensos, nos quais penso em uma imensidão de coisas que me afligem, que me sustentam, que me fazem doer - de tal forma que abre um vão dentro de mim.

Como uma flor aberta transbordando sensações tão ricas, tão finitas, estranhas para uma pequena flor que quer ser tocada gentilmente. Um turbilhão de fragilidade em uma carcaça que julgam ser forte, capaz de carregar consigo dores, mágoas. Tão pé no chão e ao mesmo tempo com asas tão longas que a levam para um redemoinho de pensamentos longínquos, desertos, cheios de um sentimento que corresponde a si mesma, como um escudo. 

Como é difícil ser gente grande, como dói aceitar as coisas como elas são e querer mudar o caminhar da vida. Aquela sensação de impotência que não a deixa sair do lugar. Uma fragilidade capaz de deixá-la irritada, mas um coração que não reage, que apenas sente e recebe o que as pessoas têm a oferecer. Pouco as julga, apenas pede a Deus que as ilumine. 

É uma poesia sem fim
Um cantar de pássaros revoltos em torno de um pomar 
Cantarolando canções que acalmam 
Clamando um Deus onipresente
Sorrindo para a simplicidade de ser
Dentro de si, ser quem ela realmente é
Sem medo, sem escudos
Ainda que o medo dos julgamentos permita que se esconda
Ela procura a saída para os seus próprios anseios e fantasmas
Doce e azeda, inteligente e por vezes displicente
Insana, tem uma vontade enorme de estampar em seu coração 
todas as loucuras que desejou fazer
Ri de si mesma, como uma forma de crescer espiritualmente
E ainda que as pessoas não entendam, simplesmente vive na sua...

...eterna preguiça de desabrochar. 

Madana Mohana Murari
Haribol Haribol Haribol




Os encontros e desencontros do sucesso

15 outubro, 2010


Há certos momentos na vida que nos desencontramos por algum motivo. Perguntamo-nos: cadê meu eu? O "eu" que estava aqui e agora? Questionamentos que fizemos sem os pés no chão, erguidos por uma desagradável sensação de impotência. 

Entretanto, quando caminhamos em direção ao desejo de crescer pessoal e profissionalmente os fatores se encaixam tão perfeitamente, que é possível reconhecer o "eu" escondido e amendrontado. Há magia em tudo o que fazemos com paixão. É a paixão que move cada centímetro de descoberta, de [ins]piração, de vitória. Sem amor não chegamos a lugar algum, não conquistamos nada além de alguns pontos e cifras na conta bancária e, talvez, alguns elogios sem emoção e sinceridade.

O gosto pelo sucesso sustentável é tão doce quanto o brigadeiro de panela feito com vontade, compartilhado entre os que estão ao nosso lado querendo, também, o desenvolvimento. Cada ingrediente deve ser misturado na quantidade adequada para que o "doce" não se perca. Nem em demasia nem em pouca quantidade, mas o suficiente para que o suspiro seja de satisfação. 

A receita é personalizável, mas o resultado deve ser sempre o mesmo, seja qual for o momento em que vivemos, o sucesso é a chave da vitória, e a vitória é o fim e o começo de uma luta diária rumo ao desenvolvimento. 

Ainda que estas palavras estejam desconexas, cheias de encontros e desencontros, cada um encontra a luz que abre caminho ao sucesso.  

O que eu também não entendo...

27 setembro, 2010

Essa já não é mais uma carta de amor...



Engraçado como as coisas são. Os sentimentos entorpecem de tal maneira que, por vezes, não consigo respirar. Imagino cada passo distante, tão distante... Não sei se conseguirei chegar. Chegar onde eu mais queria, cobrir minh'alma... 

E eu vou escrevendo tantas coisas. Coisas que estão aqui ocupando um espaço gigantesco. Palavras que gostaria de dizer, mas escrevo, pois as palavras escritas são o meu remédio, meu casulo, a fuga de uma solidão que eu mesma faço. Redescubro-me a cada momento de solidão, viajo em cada sensação, em cada  sentimento. 

Tem um troço aqui dentro gritando palavras confusas, contraditórias, loucas. Estou sem saber o que pensar, tenho medo desse sentir que me afoga em indagações nunca antes pronunciadas. Está tudo intrínseco, grudado, amarrado. Tento me desprender, mas as palavras me sufocam, os pensamentos me sufocam. Odeio me sentir sufocada, como se eu tivesse atirando o livre arbítrio no meio do mar; e me afogo ao tentar buscá-la de alguma forma. 

Liberdade? Não me escape do coração. Esteja sempre comigo, seja qual for a minha decisão. Escondi meus pensamentos dentro das bolhas. As bolhas estão estourando de acordo com o vento... E o vento, deixo que ele me leve, de ultraleve, de avião; com as minhas asas da imaginação.

Eu sinto...

25 julho, 2010

Eu sinto e tenho medo do que sinto. 
Construí um muro alto para não conhecer os sentimentos. 
Mas agora sinto, e já não sei o que sinto. 
Cada sensação é uma descoberta sem conclusão. 
Uma vontade cheia de coragem de me fazer conhecer. 

Mas o que me importa se o medo está presente em cada descoberta?
Se o que importa é sentir e me sentir plena do tão pouco que tenho. 
As palavras já são poucas. 
A mente já não é mais tão objetiva e isso me deixa repleta de medo.
Mas o medo preenche os espaços incompletos e o sentimento transborda pela pele. 

Eu sinto... Sinto muito. Mas já te sinto sem pensar.

viatrobili.

30 maio, 2010


É o que e l a procura ser, sem perder a essência. E poucas pessoas entendem.

viatrobili por Juliano Detoni.

Meus sentimentos...

28 maio, 2010

Neste exato instante de incertezas, estou cheia das certezas. Certezas envoltas em grossas correntes, cadeadas a sete chaves. Chaves sem segredos, pois conheço cada elemento da liberdade, da minha liberdade. Tento enxergar as coisas sem poesia, mas a poesia está cravada em mim, junto com o ritmo que levo a vida. 

Ah! Se soubessem o redemoinho que faço dos dias e noites insólitos dentro de mim. Pensamentos avesos, compreendidos pelo som que sai da minha pele. Arrepiada pele, com o medo que faço de mim mesma. Não escrevo para que me compreendam, seria o contrário do que desejo. No fundo nunca precisei que me entendessem. 
Hoje acordei sentindo Clarice, com a imoralidade de Rubem Fonseca. Que seca a carne com os olhos enquanto as notas musicais se enrolam nos cabelos revoltos. 

Rica sinfonia essa que escuto em meu modesto silêncio. As palavras jorram com a força da água, com o cantar do vento, com a grosseria e leveza das rosas. Chata poesia que me persegue e delineia cada acentuação da vida, cada luta intuitiva. Cada riso verdadeiro, sarcástico. 

Escrevo coisas sem sentido, cujos pensamentos criam - sem volta - palavras incompreendidas, mas que de alguma forma me enchem de prazer, de amor... Ao simplesmente escrever sem pudores, ou piedade de mim.

Apenas espero que esses dias, confusos e cansativos dias, não levem de mim o amor que sinto ao sentir as palavras.

O chefe.

27 maio, 2010




“Não, não! Não é assim que se faz.” Ele insistia em fazer o contrário. “Presta atenção aqui.” Assim é difícil ter paciência com quem tem excesso de paciência, penso em Drummond. Ele saiu para tomar uma água. “É melhor tomar uma água bem gelada e com açúcar”, grito de longe. “Vou fazer isso, mas é pra você e não pra mim. Sua estressada”, ele rebate.
Como é difícil administrar o mundo. Tem dias que vemos problema em tudo, enquanto todos esperam uma solução. Pior é quando temos que suportar a lerdeza dos outros, aí é pior. Ele está voltando, melhor me concentrar e disfarçar. “E então, vamos continuar?” Ele ainda não desistiu de tentar. “Claro, porque não?!”
Quando é que os verdadeiros profissionais vão mudar suas mentalidades, adequar-se às mudanças que surgem dia após dia? Essas perguntas me perturbam até enquanto durmo. Em uma empresa só se sobrevive correndo atrás, criando e identificando as oportunidades. Aqueles que permanecem o dia todo na frente do computador elaborando relatórios e controles perdem a essência do mercado. Esse serviço é para quem gosta! Porém, a maioria não percebe nos funcionários os seus verdadeiros perfis.
Melhor parar de filosofar, nunca fez a menor diferença. Lá vem ele, de certo quer saber como inserir uma planilha no excel. Já diziam os mestres: o pior inimigo dos profissionais de administração e marketing é o excel

Trechos de vida.

05 abril, 2010


As palavras não se soltam de mim
Sentimentos perturbados pelos olhos que vejo
Poesias desenhadas em meu corpo refletem no pequeno mundo em que vivo
As asas começam a tomar coragem, aos poucos, mas o voo ainda é rasante

Escrevo-me em curtas histórias
Cotidianas estórias, repletas de intrigas
Intrigas só minhas, dúvidas que estacionam em meu pensamento
Sonhos que já não são só meus

Descarrego o medo, pelo ralo entupo toda a falta de vontade
Reabro-me para o mundo de Cecília, o mundinho que só nós duas entendemos
Ah! Coragem de quem tenta espiar o que estes corações sentem
Atrevidos e despertos por um ar impuro
A pureza que não é tão facilmente desfeita com meias palavras

É preciso muito mais do que uma palavra
Pode até ser um detalhe que escapa de um olhar
Um olhar profundamente interessado em transformar a realidade em sonho
Fazer do antagônico o próprio sobrenome

Fazer da poesia a própria solidez
Falar de poesia como um especialista fala do seu negócio
Descrevê-la como um perito descreve as causas da morte
Explicá-la como um crimonoso ensina a usar sua arma mais potente

Ahhh... as coisas são mais belas quando contraditas.
Tão mais profundas quando fugimos da realidade.
E o que é isso que acontece comigo? O casulo está se abrindo...
Abrindo caminho para um novo trecho de vida.

Sorria e ilumine o seu dia.

23 fevereiro, 2010





Traga mais equilíbrio e otimismo para sua vida através do sorriso.

Dizem que um sorriso sincero é capaz de derreter até o mais duro dos corações. E é verdade. Uma pessoa sorridente ilumina um ambiente e irradia felicidade. E mais: o riso compartilhado aproxima as pessoas e aumenta o contentamento e a intimidade. Então, está esperando o que para começar a sorrir?

Sim, isto mesmo, sorria mesmo que você não esteja no melhor dos dias. Estudos sugerem que sorrir influencia positivamente seu humor. E também ajuda você a manter-se positivo. Experimente, por exemplo, sustentar o sorriso enquanto pensa em algo negativo. É muito difícil. Enquanto sorrimos, estamos enviando uma mensagem para nós mesmos de que a vida é bela. "Enquanto sorrimos, estamos enviando uma mensagem para nós mesmos de que a vida é bela. "

Acostumada a tornar os sorrisos bonitos, a dentista Fabiana Trevisan atesta em seu consultório a importância do riso na vida das pessoas. "Quando alguém tem algum problema nos dentes, principalmente nos da frente, ela não dá risada com medo de expôr os dentes e, com isto, acaba se tornando uma pessoa triste. Com a restauração dos dentes, ela podem sorrir de novo, naturalmente fica mais confiante e, com certeza, mais feliz!", conta Fabiana.

Sinta-se bem e propague sua felicidade.

E para quem ainda não está satisfeito, tem mais. Sorrir estimula o sistema imunológico, alivia o estresse e libera endorfinas e seratoninas que juntas fazem qualquer um se sentir melhor.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, garantem que felicidade é contagiante, sim. De acordo com a pesquisa, quando alguma coisa boa acontece a alguém, a felicidade resultante irradia-se externamente e propaga-se pelo ambiente. E isto não acontece só entre as relações próximas. Até um estranho feliz e sorridente pode influenciar você. Ou vai negar que mesmo num dia em que você não está com o melhor dos humores, mas encontra no elevador alguém assoviando uma canção alegre e que abre o maior sorriso para você, assim do nada, isto não é capaz de te despertar algo bom?

Na próxima vez em que estiver se sentindo para baixo, tente sorrir. A chance de você se sentir melhor é enorme. Pense em coisas que lhe evoquem bons momentos, ouça uma música bonita, assista a um filme divertido. Outra universidade americana, a Loma Linda University School of Medicine, também descobriu através de pesquisas que as pessoas que assistem a comédias experimentam uma diminuição de alguns hormônios relacionados ao estresse. Portanto, permita-se mais situações que despertem o riso em você.

Cultive momentos felizes, espalhe sorrisos por aí e estará num bom caminho para manter-se longe da depressão, do estresse e das preocupações!

Fonte: Carolina Arêas

A música em mim.

22 fevereiro, 2010

Eu quero rasgar o mundo como um blues destrói os meus ouvidos, lapidando cada acorde dentro da minha não tão sonora distração. Quero sonhar as melodias que explodem em cada nota musical invadindo os poros da pele em arrepio.

Gritar os devaneios que surgem quando o som do saxofone penetra em mim.
Sentir o calor da voz que canta com a alma, borbulhando na respiração ofegante... Que da minh'alma nasça uma flor, daquelas de filme encantado e cante enquanto o príncipe oferece seu beijo à princesa.

A música não é passatempo. É ritmo e poesia. É sublime. É o conjunto perfeito entre os instrumentos e a melodia que encanta e canta cada nota de felicidade. A música que rasga a pele, corta e exala as notas. Tão lindas notas. Por que gosto tanto de ti? De ti só tenho som e às vezes o silêncio que atrapalha a solidão.

Deixe ser, música. Assim como eu deixo ser cada parte de mim.


ensaio para clarice lispector

16 fevereiro, 2010



Direciona. Direciona cada sentimento vivo, inerte dentro dos meus olhos. Semeia as estrelas para que o mundo brilhe livremente, sem limitações constantes. O calafrio cheio de medo incontrolado por uma vontade controlada pelas asas. Asas que foram cortadas, e como uma borboleta a metamorfose inicia quantas vezes forem necessários. Ah!, sonhos. Sonhos incomuns encobertos por um desejo, pequeno, mas um desejo de ser normal. Mesmo que a normalidade não seja a melhor companhia.

Quanta loucura. Porque desfazer as fases e atar todos os nós? Porque não viver como manda o figurino? O que seria dessa vida se toda essa personalidade fosse desfeita para viver um mundo que não é como nos sonhos? O medo de ser quem se é. Interpretar é tão mais fácil do que se deixar acreditar, deixar-se entregar a si mesmo.

Os pensamentos refletem durante minutos, por horas no subconsciente, tão consciente de que há uma larga vida a se viver. Mas os pés permanecem intactos sob o conforto do seu mundo. Um dia o mundo irá vivenciar uma explosão de sentimentos nem tão puros assim.

Sorria, por Charles Chaplin.

Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso.
Mostre aquilo que você é, sem medo.

Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.

Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.

Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.

Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!

Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.

...

Procure o que há de bom em tudo e em todos.

Não faça dos defeitos uma distância, e sim, uma aproximação.

Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.

Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.

Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...

Você já tornou alguém feliz hoje?

Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?

Ei! Não corra. Para que tanta pressa?

Corra apenas para dentro de você.

Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.

Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.

Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.

Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.

Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,

...

Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.

Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.

Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.

Ei! Você... não vá embora.

Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.


Charles Chaplin


[A pedidos: pra você Bárbara Bilek, a menina da foto] Sorria.

talentos de menina

Quando criança buscava descobrir em si o mais puro talento. Sonhava com todas as possibilidades de ser alguém. Alguém em quem pudesse confiar de olhos fechados. Enchia os olhos de lágrimas ao se imaginar lutando por um talento recluso, ou talvez um talento quase inexistente que mal saberia por onde começar.

Cada medida imparcial de descobrir seu talento era tomado pelo medo, quase imediato, de que os outros não observassem sob a mesma amplitude a sua vocação. Emocionou-se ao ver que o tão desejado talento era tão mais lindo quando realizado por outrem. De fato não sabia que rumo tomar, sem tentar. Abortava o delirante sonho antes mesmo de acordar.

Vivia um cotidiano conto de fadas, no qual as fadas entregavam as varinhas de condão para que aprendesse a usar, na hora e momento certos. Não daria respostas, mas questionaria a cada indecisão, a cada entusiasmo infantil. Decisões feitas sozinha, sem opiniões ou limitações. Imaginava.

Hoje não sabe dizer o que é. Indefinida, vive dois mundos. Um que quer escrever um fim todos os dias. Outro que escreve todos os dias um começo. Sobrevive no caminho do meio, sem grandes alegrias, com pequenas frustrações, entretanto sorri ao abrir os olhos e constatar que está viva e poderá tentar mais uma vez. Deslumbrando um talento que só ela entende.

Poesia inacabada... E compulsiva.

10 fevereiro, 2010


Entrega-te a mim.
Sofra cada um dos meus suspiros

Em um intenso desejo de me prender.

Sonhe todo sonho meu em partículas de amor.


Cante os sonoros sorrisos que saem da minha boca

Quando o brilho dos teus olhos refletem nos meus anseios.

Brinque com os meus sentimentos, mas os leve ao paraíso.

Eleve-me sem luxo e sem pressa.


Não me traga rimas, não quero perfeição.

Só me deixe leve a cada terminação.

Sussurre sua música favorita nos meus ouvidos,

Enquanto dedilhas carinhosamente o meu corpo.


Faça-me abrir para o mundo e desate os nós das minhas asas.

Deixe-me ir e me encontre no seu mais estranho sonho.

Quem sabe um dia volte do jeito que você sempre quis.

Mesmo sabendo que sempre fui quem você mais desejou.

______________
Nada tem um fim.
Tudo permanece de alguma forma vivo.
Nem essa poesia vai ter um fim,
quem sabe um dia volte e recomece de onde não terminei.

palavras infantis

02 fevereiro, 2010

Desamarra.

Desfaz cada ponto de cruz que deixou errado
ao longo do tempo.

Retorna ao passado sem se prender aos outros detalhes.

Apenas desfaz os laços muito apertados.

Desatanto com atenção segue refletindo sobre aqueles pontos e aprende o significado de cada um.

Desata como se estivesse a partir cada espaço em branco do seu corpo,
da sua vida.

Páginas não escritas esperando por aquela história que preenchesse todo
o v a z i o, tomando o cuidado de deixar um canto para escrever o

F I M.

Não teme o fim, nada teme e teme tudo ao mesmo tempo.
Cada nó desfeito é um suspiro profundo, preso há tanto tempo.

E os suspiros fazem com que seus sonhos inflem e ela levita tão leve quanto uma pétala que se desprende...

A voz branda cada vez mais alto: V Á sem sentidos entregar-se ao m u n d o.
Que isso tudo não seja só palavras extraídas de uma alma sem cor.


Palavras não devem ser escritas ou ditas sem o co [do] lorido.


O sorriso vem, o brilho daquela íris
brilha como a l u a.


Ah! Sonhos, tolos sonhos que ela [a] guarda
um dia realizar...
Enquanto isso, deixa a


m e n i n a b r i n c a r.





O retorno.

30 janeiro, 2010

A música.
A música tem o poder de abrir a mente. Dá um toque sutil, às vezes bruto nas palavras que sobrevoam no subconsciente. As expressões vão surgindo tão calmamente, escrever já não parece uma árdua tarefa.

Aos poucos a Cecília aparece como uma bolha, uma bolha de sabão dessas que estouram na pontinha do nariz uma vez ou outra e soltamos aquela risada gostosa e inocente. Ahhh, Cecília, fostes embora e deixastes uma saudade inexplicável. Porém, voltas sem pedir permissão e vai entrando com toda a sua vontade de me levar.

Peço que me leve, de leve... Sem pressa. Não te importes com a minha resistência, não ligue para os meus medos, apenas me faça ver o mundo com aqueles olhos. Os mesmos olhos que não querem o tudo, mas se contentam com o tão pouco, aquele tão pouco que parece muito.

Cheio de palavras e essência.

Ideias e projetos indefinidos.

10 janeiro, 2010

Início de ano, a maioria tem o hábito de planejar os dias que vêm vindo. Projetos aqui, ideias ali, promessas a cumprir. Já fiz muito isso e não tive resultados, pois concluí que impor tarefas não resultava no propósito.

Sendo assim, optei por fazer uma coisa de cada vez quando os projetos ou ideias surgirem aleatoriamente, sem prever ou planejar. Preferi sentar e escrever quando estiver apta para o trabalho, não mais escrever por obrigação ou tão somente para atualizar o blog. Assinalei a ideia de construir temas variados neste blog e no Marketing das Cinco, fazendo com que o meu desenvolvimento cultural seja cada vez mais amplo. Acrescentei na minha agenda biológica a harmonia entre mim e o que me rodeia, sem rodeios, sem medo, sem rótulos. Querendo ou não, acabo de planejar algumas coisas, entretanto sem data definida, sem tempo, sem previsão.

Obviamente, não poderei fechar os olhos para as obrigações, as quais pedem por prazo, por um pouco mais de métodos e disciplina: os trabalhos acadêmicos, projetos paralelos e as matérias para o A Bordo. Além da disciplina diária no meu local de trabalho que por vezes solicita que eu traga trabalho para casa. No entanto, farei tudo sem pestanejar, pois gosto disso tudo. E não posso retirar de mim uma das minhas características: ser metódica. Apesar de ser metódica, não consigo ou simplesmente não sei usar uma agenda. Esse ano meu chefe me obrigou a usá-la com a condição de que seria demitida por justa causa, então passei a usar a agenda comum, a agenda do Google e a do Outlook. Obviamente que eu não seria demitida por tal displicência, e confesso que utilizar todas essas ferramentas tem melhorado meu desempenho e a execução das tarefas.

Talvez eu comece a me cobrar menos, talvez não. Pensar em possibilidades diversas, criar situações. Adoro criar situações. Contar meus sonhos em contos. Voltar a ler, antes que eu entre em abstinência... Já tem três me esperando na cama, ô delícia! (risos).

2010 está começando aos pouquinhos para mim, sem muita pressa. Expectativas são quase inexistentes. E que assim seja todos os dias da minha vida...