arde
invade as entranhas desse mar
mar que se diz amar(go!)
vai! sem remar, sem re-amar
cruzando marés de mares ácidos
(a)mar aberto, as ondas que inundam o ser
mar de amor
13 novembro, 2013
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música
música
música
música
dó, ré, mi,
fá, sol,
lá,
si
dó
de quem não sente a música
o som, o preenchimento
a mais pura solidão
aumenta o volume, libera o arrepio
MÚ - SI - CA
imagens, contradições
abstratas leituras mentais
o que é a música?
um cenário?
um amor?
uma cor?
uma nota, duas, três, quatro...
melodia, luz, música, ação, ritmo
POESIA dedilhada
acordes da realidade... SONHE!
Encante, cante, ouça música.
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O homem mais rico do mundo
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Veia literária
06 novembro, 2013
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trilhando caminhos
15 setembro, 2013
E desse jeito vou trilhando meu caminho. Mas, qual jeito? Essa forma de ver o mundo com os olhos coloridos. Experiências vividas com coração e alma infantis, doces, puros e conscientes da missão aqui na Terra. E que sorte tenho de poder conectar-me à Pachamama e sentir o seu chamado em meu coração.
Troquei cumprimentos com alguns moradores. Sorri. Toquei o mar. Molhei os pés, e sorri novamente. Sintia-me em casa, como todas às vezes... E quanto mais me conecto, mais percebo que me sinto em casa e que é bom estar aqui sendo um ser espiritual, vivendo uma experiência humana. Iniciando a trilha troquei energia com várias borboletas que cruzaram o meu caminho, dando-me boas-vidas e me recebendo com todo o amor que só a natureza sabe fazer.
Terceira vez que faço essa trilha, mas tudo é sempre tão novo que fico surpresa com cada pedaço de amor. Levei na mochila um pequeno piquenique, com frutas e água. Banhei-me, senti o vento, o mar, a energia. Sentei em uma pedra, sob a sombra e comi as frutas sentindo o sabor de cada uma delas. Logo subi em uma pedra mais alta para admirar o horizonte e me arrisquei sobre outras pedras para chegar até uma pequena fonte de água. Linda, simplesmente.
Tomei mais um banho de mar e orei à Iemanjá, com pura gratidão por aquele dia em que, mais uma vez, me encontrei comigo mesma. Ajeitei-me e tomei o rumo de volta. No fim, decidi ir até à cachoeira. Ainda bem que encontrei um casal, o qual fui seguindo, pois já tinha me perdido. Primeiro banho de cachoeira a gente nunca esquece. Água gelada, límpida e doce. Revigorante, eu diria. Na volta, também me perdi, mas segui novamente o casal que resolveu ir embora logo após.
Voltei para casa com a alma pura, intensa e calma. Pronta para receber as bençãos dos guardiões ancestrais na cerimônia de Temazkal, que foi a segunda experiência mais tocante que tive em um encontro de almas. Sendo assim, neste momento sinto a plenitude em minha alma. A sensação de que posso continuar trilhando meu caminho de coração e alma abertos. Sentindo cada experiência em sua totalidade, sem receio e saboreando cada gota de aprendizado.
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loucura
mistura
a sanidade e a loucura
sincroniza o coração à altura
e envolva sensação mesmo que impura
construa
sua alma acima do seu ego
cuja luz interior te mantém cego
acenda, portanto, a luz espiritual
e mantenha a energia angelical
astuto
o ser se entorpece de doçura
lacunas expressam a loucura
dos instantes vividos com ternura
ah! a loucura
insana, lúcida, intensa e curta
mentecapto, o coração capta a magnitude
de ser louco, puro
e transbordante na solitude
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Devaneios da alma
10 setembro, 2013
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Índia
26 agosto, 2013
Corre nas matas densas
Dissolvendo seus sentimentos ao vento
Que sopra suave o sabor do mar
Canaliza sua aura e deixa a dor derramar
Espalha o suor das entranhas pelas folhagens
Escalando árvores e voando alto sua visão
Monta em cavalos arredios, cavalga por entre as águas
Lutando bravamente por sua fiel liberdade
Escuta o barulho da cachoeira
Energiza-se, nua, o corpo e a alma
Que a luz branca que cai na superfície
Encha-te com a energia da natureza
Enquanto a fluidez das águas
Indica o incerto caminho do Ser
Contorna obstáculos, mas os conheça
Cante, dance, vibre o livre arbítrio
Que o seu espírito se conecte com a ousadia
Enquanto brincas com a melodia
De ser uma verdadeira índia
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Tempo Para Meditar
25 agosto, 2013
Relendo textos antigos, encontro um que escrevi e publiquei em 2009. Foi um desabafo cujo conteúdo dizia da chatice da TPM, vulgo Tensão Pré-Menstrual. Sobre a qual também falei o quanto era desagradável menstruar etc.
O ciclo ainda é sagrado, no entanto hoje a menstruação é vista como algo sujo, irritante e um incômodo que passamos todos os meses. Eu também tinha essa percepção. Porém, após o meu contato com o Sagrado Feminino, através de conversas e estudos e a participação do primeiro Círculo do Sagrado Feminino, no Clã Filhas da Lua; obtive um outro olhar sobre o meu corpo, sobre o meu ser.
Cada ciclo, cada mulher, cada ser é sagrado por si só. Seja homem ou mulher. Somos o yin e o yang, a energia feminina e a energia masculina. E isto me trouxe um conhecimento muito amplo sobre a forma de conduzirmos nossa vida neste Planeta. Mas, quero trazer aqui o meu parecer sobre todas as vivências que me permiti.
Não é feio ou nojento menstruar. É tão normal quanto respirar. Quando sangramos nos curamos, nos fortalecemos para um novo ciclo. Estamos em pleno contato com a Mãe Terra e com a Vó Lua. O sangue que expulsamos do nosso corpo, é o sangue que ia nutrir uma nova vida, um novo ser. E quando menstruamos, estamos limpando nosso ser para a vinda de uma nova vida, para um novo ciclo. E quando digo um nova vida, também me refiro a novos projetos, mudanças etc.
O ser feminino é um canal receptivo, especialmente quando estamos na Lua (sangrando), e se estivermos em conexão com o Sagrado, percebemos e sentimos diferente. Seria bom, claro, se neste momento pudéssemos nos recolher. Mas sabemos que o dia a dia não nos permite. A vó Lua tem sido gentil comigo e me oferecido os finais de semana para ficar recolhida quando estou sangrando. E tem sido cada vez mais MARAVILHOSO e sagrado este contato comigo e com a minha natureza.
Você deve se perguntar: "o que essa maluca está dizendo?". Sim, no início achei meio maluca a ideia, porque a falta de informação e de conhecimento nos deixa ignorantes ao que é realmente essencial em nossas vidas. Fazemos parte da natureza, somos a natureza e devemos nos tratar como tal. Sendo a natureza sagrada, também somos sagrados.
Logo, a minha TPM é o meu Tempo Para Meditar sobre tudo o que precisa ser curado para a chegada de um novo ciclo. Cultivando a minha verdadeira natureza.
Quanto mais nos distanciamos da natureza, mais deixamos de Viver!
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Palavras soltas
22 agosto, 2013
Tem dias que quero muito escrever, mas não sei exatamente sobre qual assunto. Surge palavras soltas, alguns sentimentos, meras distrações. Formo frases em pensamento, engatilho poesias, no entanto nada me parece fazer sentido. Então, apenas escrevo, dedilhando letras, palavras, parágrafos que dizem algo sobre mim, sobre a vida, sobre os dias. Neste momento, não sei quem realmente escreve: se sou eu, um pseudônimo, uma energia, um sentimento.
Mesmo que a gente se perca algumas vezes na inércia da vida, lá no fundo sabemos qual a nossa verdadeira missão: ser livre.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 23:07 0 comentários e idéias
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O ritmo do corpo
19 agosto, 2013
E quando toca aquela música
O corpo se desfaz em arrepio
O coração pulsa ritmado pelas cordas do violão
Solidifica o instante puro e límpido
Cada partícula vibra uníssono
Caracterizando o sentimento que reverbera
Quando o som penetra nas artérias
E explode no peito, intenso e suave
A energia que o corpo exala
Flutua na sua mais pura forma
Conduzindo a sensação de leveza
Como numa bolha que voa na natureza selvagem
Íntegro, o corpo se une ao calor da música
Enquanto o ritmo se dissolve em gotas
E como luz, tocam a fauna e a flora
O som cristaliza
E os cristais formam a anatomia da partitura
Preenchendo os espaços vazios com melodia.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 22:36 0 comentários e idéias
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Permitir
14 agosto, 2013
Que eu me perca mil vezes
E encontre o caminho outras tantas
Deixo o sonho encobrir meus erros
Enquanto busco o eu sobreposto aos medos
Que a loucura traga sanidade
Pois o adjetivo do meu ser não é a santidade
Busco na maresia um gosto pela vida
Gratinando minha pele de luz
Que o lacre da solidão não se desprenda
É na solitude do meu ser que me encontro
Às vezes mulher, às vezes criança
Que os instantes me mantenham sólida, mas livre
No meu eterno livre arbítrio eu caminho
Na certeza de ser inteira quando me permito
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 10:15 0 comentários e idéias
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07 agosto, 2013
Começo
Meio
Fim
Será que tem fim?
Cada começo se origina de um fim?
E o meio?
Que será que sei sobre mim?
Será meu mundo feito por quem?
E vai que o mundo tem fim, não passei pelo meio
nem me permiti o começo, para não ter fim.
Começo, meio, fim.
Fim, meio, começo.
Segue a roda viva,
entre os meios e os tropeços.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 15:04 0 comentários e idéias
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reconexão
05 agosto, 2013
Ainda que a vida seja uma eterna contradição.
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Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 10:30 0 comentários e idéias
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em alto mar
29 julho, 2013
É uma voz que grita
Expande meu ser, meu espírito
Meu corpo lateja, o sangue corre
Transcende toda sorte de sentimento
Luar embriaga meu coração
Trazendo à tona a força do meu íntimo
Íntimo quente, vibrante, latente
A lua que toca a pele arrepia
O som da batida do meu peito
Faz canção aos meus ouvidos
Quando entrego meu suor ao seu
Um grão de mar se abre aos meus pés
Embarco o amor numa jangada e navego
Nas tuas ondas delicadas
Desembarco em alto mar
E lá de cima, o luar
Veste de luz as minhas jornadas
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 21:36 0 comentários e idéias
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a lua e a mulher
27 julho, 2013
Ser luz
Ser lua em cada fase
Ser espírito e brilhar em cada instante
Ser energia de alma aberta
Coroar o amor que o Universo nos presenteou
Criar um espaço de sentimento interno
Praticar a compaixão inerente à consciência
Solidificar a beleza e a essência de ser quem se é
Sangrar é regar a energia, é renovação
Cultivar a solicitude do momento
Carregar dentro de si a harmonia do mundo
Gerar vida em cada ciclo
Sentir a alma transmutar para receber o novo
Manter o fogo aceso e o coração acolhedor
Lutar bravamente pelo seu espaço e aceitar o desafio
Abrir-se e deixar-se ver, como a lua e suas fases
Ser toda a feminilidade num corpo de mulher.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 21:47 0 comentários e idéias
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Deixa
16 julho, 2013
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 22:22 0 comentários e idéias
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Luz e escuridão
14 julho, 2013
Ser luz e escuridão
Nessa imensidão de mundo
Mente barulhenta no silêncio noturno
Abrindo espaço para os questionamentos da vida
A luz que invade
Como uma melodia, mesmo que tardia
Expressando toda a musicalidade de uma flor
Capta na luz a sombra que se forma na órbita do coração
Junto à luz, o amor divino
Capaz de intensas movimentações
A energia geradora de luz
Contrapondo toda a escuridão que surge no âmago
A sombra também é luz
Traz consigo todo o conhecimento da mãe Terra
A vó Lua com todo o seu brilho emana sabedoria
E a escuridão se torna amiga em todos os momentos de (sobre) vivência
Deixar-se ser o que se é
Saltar no abismo da incerteza
Interligados pela feminilidade da terra
Na busca pela vida, entregar-se à luz e à escuridão
Somos espírito e matéria
Circundados pelo amor divino
A mãe Terra nos abençoa e a vó Lua nos guia
No infinito caminho da alma.
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08 julho, 2013
Devemos lembrar que estamos aqui para ajudar e compartilhar uns com os outros.
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A metamorfose de cada dia
02 julho, 2013
Chega um momento na vida que passamos a enxergar as coisas de outro modo. Não só vemos, mas enxergamos e entendemos o motivo de tantos acontecimentos. É um processo muito louco, porque vai dando uma vontade infindável de gritar e retirar todo esse aprendizado de dentro. É o que acontece comigo neste momento.
E quanto mais eu tento controlar meus pensamentos, mais meu peito se expande. É tudo muito novo e sou tomada por uma crise de ansiedade que me faz perder os movimentos, que me tira da realidade e me deixa complexa. Tenho consciência de que tudo acontece no seu tempo e que preciso ter calma e deixar que tudo flua como deve ser, mas a cada descoberta, procuro por mais, pesquiso mais, vejo mais, sinto tudo com mais vigor e sentimento.
Depois de sair e voltar várias vezes para a bolha que me mantinha segura, e encontrar o meu verdadeiro eu, fica ainda mais difícil lidar com as coisas do mundo. E trazer este equilíbrio para o dia a dia é um processo dolorido, mas necessário para conseguir viver.
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Mudança de hábito
15 junho, 2013
A intenção do texto não é fazer com que você repense seus hábitos alimentares. É expor que toda decisão têm uma mudança benéfica quando bem administrada, e melhor ainda quando parte do princípio do bem, a você e ao Universo.
A decisão tem um propósito e deve ser tomada com equilíbrio, corpo e alma.
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À beira mar
20 maio, 2013
O que há por trás do céu?
Quem será que nos observa?
O que existe no horizonte, quando o mar toca o infinito?
Será o céu tão finito quanto o mar?
E debaixo da terra, o que existirá? Energia?
Fogo?
Gelo?
Mais água ou mais céu?
Qual a idade do céu?
Qual o tempo da nossa existência na terra?
De onde viemos, afinal?
Da música, do cantar dos pássaros?
Somos sementes, talvez energia.
Ou será que somos pontos de interrogação?
É tudo novo de novo? E o que somos talvez seja só ilusão.
Vamos mergulhar do alto onde já subimos.
O que é isso que sentimos quando em conexão
com nós mesmos e com o Universo?
Uma vontade de viver e também de morrer e ser energia,
uma nova alma, um novo começo.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 09:48 0 comentários e idéias
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O processo do despertar
18 maio, 2013
Quando você, enfim, se entrega; cada sensação é um renascimento. Despertar é uma escolha; é preciso que haja entendimento e esteja 100% pronto para receber o que a natureza tem a despejar nas nossas mentes. Encontre-se, deixe-se acreditar, liberte-se e entre em verdadeira conexão com você e com a vida. Ela é uma só e precisa ser vivida.
Eu poderia descrever cada partícula, cada célula restaurada deste meu processo do despertar, mas passaria horas escrevendo aqui. E sei que há muito o que aprender para que o download seja completo. E com perseverança, estou no caminho e já é uma grande vitória.
Desperte.
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O mar, o blues, o céu
15 maio, 2013
O mar, o blues, o céu
Conjunto harmônico
A natureza é singela
Não pede nada além de amor
Somos natureza
Somos um pouco de mar, de blues, de céu
Encanto-me ao ouvir o blues
enquanto observo
o mar tocar o céu
lá no horizonte
Produzo pequenos trechos
de poesias inacabadas
Por que a natureza não se escreve
Apenas se grava na memória
E pra que entender
Se é tão sublime a harmonia que há
entre o mar, o blues e o céu
Poemas inacabados, conjunto de palavras sem sentido
Assim que é bom viver, adormecer e amanhecer.
...
Rascunhos de um ano qualquer.
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Poesia compulsiva.
A poesia é suja
delineia curvas em sentido anti-horário,
cujas palavras mudas caracterizam o que é arbitrário.
Grita sinônimos ocultos e dentre elas o verbo.
A melodia das palavras envolta em uma bolha
alcança altura tal que a natureza, com seus graves, agudos e baixos
sublima aquela sensação que só a música transmite.
E com o seu mais encantador ruivar, a melodia torna-se poesia.
...
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Dasatando nós
06 maio, 2013
Eu só queria não ser tanto a m o r.
Ter menos medo e mais coragem.
Ser menos eu e mais ninguém.
Esquecer-me por alguns instantes.
Mas tudo lateja inconstante, deixando rastros.
Largando pedaços de mim por todo lado.
Não pedi para sentir, não pedi para amar.
Nem ao menos pedi para estar aqui.
Em um mundo tão cheio de lutas.
Um espaço ocupado por diferentes energias.
Inúmeros sentimentos espalhados.
Quebrando muralhas, desfazendo laços e deixando nós pelo caminho.
Não, definitivamente, eu não queria estar aqui.
Mas aqui estou e escrevo para desatar os nós.
Os dedos doem, os nós estão apertados e eu me sufoco.
E num grande estouro, arrebento meus botões e me desfaço.
Desfaço o nó, ajeito o laço e me refaço.
O choro incontido lava o rosto agoniado e traz a calma.
Mas na garganta, o desejo incontrolável de sentir.
E na paz, eu vivo a eterna contradição de ser quem sou.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 21:35 0 comentários e idéias
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Imaginação
01 maio, 2013
O choro cada vez mais forte cria um pequeno lago e posso ver o reflexo. Enxergo vidas, lembranças, saudades, sonhos, passado e presente. As lágrimas dão sentido, como um processo necessário de limpeza interior. Queria não sair mais daquele mundo, talvez daquele sonho, da imaginação que me levou a um lugar muito, muito distante. Habitado por mim e toda a natureza viva, intacta, perfeita aos meus olhos, que agora sorriem livres e cada vez mais evoluídos. Porque momentos assim fazem revolução dentro de mim.
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Rascunhos de amor
19 abril, 2013
Não, realmente não sei o sentido da vida. Questiono-me por vezes, mas noutras prefiro não achar as respostas. Qual graça teria sem as surpresas que a vida nos proporciona se já soubéssemos o destino ou o sentido?! Há muito a ser desvendado e devemos procurar nos atalhos que percorremos durante o caminho, que é a vida. Às vezes nos sentimos loucas criaturas representando um papel na terra sem nem ao menos saber o porquê.
E, por vezes, a causa disso tudo é o amor. O amor? É o amor. Pois é o amor que nos conduz às escolhas. Nada escolhemos sem que tenhamos afeto sobre determinada coisa, lugar ou pessoa. O amor é o que nos move, é aquilo que nos deixa entre o chão e o céu. Entre a vontade de voar ou simplesmente deixar-se levar. Levar pelo quê? Pela gostosa sensação de amar. Amar o que quer que seja, ou quem quer que seja. Amar por amar. Porque amar dignifica, revigora, satisfaz, anoitece e amanhece ao mesmo tempo dentro do peito quando o sentimento exprime toda a vontade do amor.
- Intenso demais, não?
Mas amor é intensidade. Sem intensidade nem o trabalho tem o resultado esperado. Sem intensidade o sexo é só sexo, sem tesão. Amor e sexo é a perfeita intensidade e troca de energia. Mas falávamos do amor pela vida, o que tem o sexo? Sexo faz parte da vida. Amar faz parte do ser humano e também dos animais. Da natureza. Amamos até quando dormimos, nos sonhos. Quando bebemos vinho e ouvimos música. Tudo é amor. Sem amor nada teria graça. Às vezes, eu até peço a Deus para trocar meu coração pulsante por uma pedra de gelo, mas Ele sabe que sem amor eu nem acordaria, eu nem mesmo estaria aqui escrevendo esse rascunho.
Por que escrever também é amar. Amar as palavras, a escrita, a sensação de transmitir sentimento através das palavras, ainda que nada disso toque os leitores que, por acaso, lerem essas loucuras que aqui escrevo. Mas escrevo mesmo assim. Com o único objetivo de vomitar as palavras que me engolem quando estou em profunda solidão, quando mergulho de cabeça para dentro de mim as palavras me afogam e então eu as coloco para fora.
Talvez nada disso faça sentido, tanto quanto não sei o sentido da vida. E ainda que eu me questione, viver é a resposta mais adequada.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 23:31 0 comentários e idéias
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Everything.
12 fevereiro, 2013
Mas eu me policio mais uma vez, esvaziando as lágrimas e as repentinas dores que me cercam durante a implosão. De nada adianta, pois tudo é arremessado dentro da bolha, e sempre reflete de volta. Ainda que a bolha tenha perdido um pouco sua força sobre mim, ainda me escondo no casulo, com medo - quase imortal - de viver, de sonhar. De amar.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 22:52 0 comentários e idéias
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