Devaneios da alma

10 setembro, 2013




É surreal. Cada partícula sólida de vida. 
Onde há vida? 
Onde estão os sonhos?
Em nossa mente? Às vezes pacata. Às vezes cansada. 
Onde está a música, o ritmo? 
As partituras do coração afoito por vida?

Em nós. No peito meio vazio, meio cheio. Nos olhos que vislumbram o sol e a lua, que observam o passar do tempo e a pele que sente o passar do vento. Ah! Como é mágico cada centímetro de luz, de treva, sonhos, amores e dissabores. Todos os acontecimentos buscam em nós o despertar da consciência. 

Consciência que grita por liberdade, livre arbítrio. Um rumo sem trajeto. Um caminho de surpresas, encantadoramente repleto de obstáculos, com os quais se possa aprender a caminhar. Viver está além do acordar, trabalhar, comer, dormir (e repetir o ciclo). Se gasta vida ao poupar vida. Encontrar-se é um meio de se perder. Perder-se é um meio de se encontrar.

É preciso parir os sonhos. Nutrir-se da dor para evoluir, mas também alimentar-se de amor para perpetuar a alma. Almas imortais que são tantas formas em um só Universo. Frações de Universo em um peito cheio de sentimento e coragem. O sangue que corre nas veias e pulsa, como acordes nas batidas do coração.

Coração ritmado, acrescentando solidez. Fluidez.
Fogo que alimenta os sonhos. 
Espiritualidade que refaz a mente.
Terra que respira conduzindo os sons. 
Ar que acelera o despertar e desenha linhas tortas com palavras (in)certas. 
Encontros musicais que transbordam o peito de vida.

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