Abro o editor. Olho pela janela e contemplo o sol que brilha. Penso em que escrever. Ouço as batidas da música que me invadem pelos fones. Volume: 100%. Sinto o grave. Os efeitos sonoros. Apenas sinto, enquanto tento iniciar algum texto que faça sentido.
Divagar sobre alguns pensamentos. Talvez não! Lembrar do sonho maluco: uma comunidade liderada por um casal de macacos que falava. Lugar onde bichos-preguiça pulavam, brincavam, corriam. Eram vários deles, grandes, pequenos, filhotes. Será que faz algum sentido esse sonho? Penso, reflito, pesquiso e tento interpretar. Acho que estou em contradição.
Contradição entre quem eu sou e em quem me tornei? É uma boa possibilidade. Sinto saudade de quem me fazia ver coisas boas no mundo, enxergar o melhor, ao invés de insistir no pessimismo. Se, de alguma forma, eu não fosse espiritualizada, já teria perdido qualquer esperança nas pessoas, na vida. Exagero? Quem sabe. Evitei a essência que me mantinha com os pés no chão e no céu, por medo de continuar levando "tapas na cara". Ninguém entendia mesmo... E talvez poucos entenderam ou se esforçariam para entender.
Sinto como se meus pés e mãos estivessem atados pelo medo. E eu, corajosamente, estivesse usando a boca e a força do pensamento para desatar os nós que me prendem ao meu mundinho. Às vezes queria evaporar. Construir um casulo e ficar ali por horas, dias... Só sentindo a música e ouvindo o silêncio. Gosto desse meu exagero existencial, da forma como os meus pensamentos tomam corpo neste editor de texto. E de não ter receio de expor meus mais estranhos pensamentos.
Talvez ninguém vá entender muita coisa que aqui escrevo. Se escrevo é para liberar espaço dentro de mim para guardar mais alguns sentimentos.
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