Todo dia ao levantar da cama pensa - "o que fazer hoje?" -
O tempo todo procura respostas para as suas indagações, suspiros profundos lhe vem como respostas. Vale até imaginar em se atirar com tudo na loucura que é a vida, mas os pés no chão continuam agarrados com toda força, como se colados com super bond.
- "Ai, como eu queria..." -
Haja paciência para aturar todas aquelas pessoas que passam diariamente ao lado. Nada faz sentido, as pessoas perderam o gosto. O bom gosto, o bom senso, o senso comum virou piadinha interna dentro das repartições. - "Pois é, se você não entendeu, imagine eu".
Permanecia intacta às provocações cotidianas, às fofoquinhas dentro e fora de sua mente.
- "Só quero sobreviver..." -
E ao se deitar, sentia um peso enorme, como se o dia não tivesse passado de um pesadelo na noite anterior. - "Que horror, o que estou fazendo da minha vida".
E então deu um primeiro passo, pegou papel e lapisera 1.6 e começou a descrever tudo que tinha vivido até alí e com o tempo ia se sentindo calma, pois afinal tinha conquistado algumas coisas durante aquela vida atormentada e notou quanto fácil era entender seus questionamentos dentro de si e fora da sua mente conturbada e insana. - "Ah, eu sou só mais uma. Mas não quero me conformar nem me contentar com isso, parece-me tão pouco."
E então todas as noites decifrava pensamentos, perguntas e respostas e de tudo que vivenciava decifrava em letras. E assim, procurava se fazer notar, não para os outros, mas para si. Adorava acordar de manhã cedo e compreender que nada aconteceria se ela mesma não o fizesse. Meditava, começava a literalmente viver, ainda com sua mente insana, no entanto, menos alienada possível. Tornou-se mais fiel às suas conquistas e aos seus objetivos, agora reais, decifrando palavras, textos, letras.
Decifrando letras.
04 agosto, 2007
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