Madana Mohana Murari

26 outubro, 2010


Cá estou, nesta infinita vontade e coragem para escrever. Sobre momentos tensos, nos quais penso em uma imensidão de coisas que me afligem, que me sustentam, que me fazem doer - de tal forma que abre um vão dentro de mim.

Como uma flor aberta transbordando sensações tão ricas, tão finitas, estranhas para uma pequena flor que quer ser tocada gentilmente. Um turbilhão de fragilidade em uma carcaça que julgam ser forte, capaz de carregar consigo dores, mágoas. Tão pé no chão e ao mesmo tempo com asas tão longas que a levam para um redemoinho de pensamentos longínquos, desertos, cheios de um sentimento que corresponde a si mesma, como um escudo. 

Como é difícil ser gente grande, como dói aceitar as coisas como elas são e querer mudar o caminhar da vida. Aquela sensação de impotência que não a deixa sair do lugar. Uma fragilidade capaz de deixá-la irritada, mas um coração que não reage, que apenas sente e recebe o que as pessoas têm a oferecer. Pouco as julga, apenas pede a Deus que as ilumine. 

É uma poesia sem fim
Um cantar de pássaros revoltos em torno de um pomar 
Cantarolando canções que acalmam 
Clamando um Deus onipresente
Sorrindo para a simplicidade de ser
Dentro de si, ser quem ela realmente é
Sem medo, sem escudos
Ainda que o medo dos julgamentos permita que se esconda
Ela procura a saída para os seus próprios anseios e fantasmas
Doce e azeda, inteligente e por vezes displicente
Insana, tem uma vontade enorme de estampar em seu coração 
todas as loucuras que desejou fazer
Ri de si mesma, como uma forma de crescer espiritualmente
E ainda que as pessoas não entendam, simplesmente vive na sua...

...eterna preguiça de desabrochar. 

Madana Mohana Murari
Haribol Haribol Haribol




Os encontros e desencontros do sucesso

15 outubro, 2010


Há certos momentos na vida que nos desencontramos por algum motivo. Perguntamo-nos: cadê meu eu? O "eu" que estava aqui e agora? Questionamentos que fizemos sem os pés no chão, erguidos por uma desagradável sensação de impotência. 

Entretanto, quando caminhamos em direção ao desejo de crescer pessoal e profissionalmente os fatores se encaixam tão perfeitamente, que é possível reconhecer o "eu" escondido e amendrontado. Há magia em tudo o que fazemos com paixão. É a paixão que move cada centímetro de descoberta, de [ins]piração, de vitória. Sem amor não chegamos a lugar algum, não conquistamos nada além de alguns pontos e cifras na conta bancária e, talvez, alguns elogios sem emoção e sinceridade.

O gosto pelo sucesso sustentável é tão doce quanto o brigadeiro de panela feito com vontade, compartilhado entre os que estão ao nosso lado querendo, também, o desenvolvimento. Cada ingrediente deve ser misturado na quantidade adequada para que o "doce" não se perca. Nem em demasia nem em pouca quantidade, mas o suficiente para que o suspiro seja de satisfação. 

A receita é personalizável, mas o resultado deve ser sempre o mesmo, seja qual for o momento em que vivemos, o sucesso é a chave da vitória, e a vitória é o fim e o começo de uma luta diária rumo ao desenvolvimento. 

Ainda que estas palavras estejam desconexas, cheias de encontros e desencontros, cada um encontra a luz que abre caminho ao sucesso.