metamorfose ambulante

29 julho, 2011


O que mais me assusta é não conseguir controlar a minha vida pessoal e os impulsos que produz, de certa forma estagnam outros setores. Colocar um ponto final nos meus sentimentos é o que há de mais difícil, e olha que eu tento... Dia após dia, como uma atividade cansativa, uma corrida sem parar em uma meia maratona. Mas está impregnada essa mania de ser emocional demais, sentimental demais.

Pergunto-me quando aprenderei a ser um pouco mais dura comigo mesma. Quem sabe uma vidinha fútil me ensine, feche os meus olhos, coração, boca e ouvidos ao que acontece ao meu redor. Mas uma vidinha assim parece tão pequena diante dos meus princípios e virtudes. A característica mais marcante, em mim, é essa contrariedade. Essa confusão mental que eu mesma crio diante de um problema. Os obstáculos que eu mesma construo frente a uma escolha. Isso tudo me cansa, é exaustivo ser assim. Mas eu não consigo ser diferente, por mais que eu tente colocar uma pedra no lugar do coração.

Às vezes me sinto no inferno, dentro de mim mesma. Contando as horas, os minutos, os segundos para tomar uma decisão, para ser melhor para mim - tão bem quanto sou para os outros. E os outros?! Estão mais preocupados consigo, para esses que o mundo se exploda.

E o mais engraçado nisso tudo, ou absurdo, é que nessa confusão mental e pessoal eu vou aprendendo a cada passo errado e incerto... Portanto, dou vida - de um modo meio torto - para essa metamorfose ambulante, que insiste em construir e desconstruir seu casulo.

1 comentários e idéias:

Claudio Justo disse...

É tão difícil deixar de ser o que somos, para sermos o que pretendemos ser. Difícil e doloroso, diga-se. Mas com o tempo vamos aprendendo a dosar ou - pelo menos - aprendendo a sofrer menos com isso.

Abraços!