Você já se deu conta de quantas vezes por dia não pensa em nada? Eu já. É uma experiência tão boa saber que, vez em quando, é possível esquecer-se ou simplesmente não pensar em quase nada. Eu por vezes esqueço o que penso, se penso. Acho graça nessa constante contradição. E nem todas às vezes fixo em algum ponto... Quando me dou conta e volto à realidade tento lembrar os segundos anteriores, e não lembro. Ou estou com sérios problemas de memória, ou por alguns minutos alcanço a iluminação.
Um dia eu aprendo, compreendo, surpreendo-me. E não me censuro por falar demais. Mas hoje eu pensei, pensei o tempo todo. E percebi algumas coisas das quais gosto de perceber, por isso fico tão ‘antenada’ a ponto de não me entender (Clarice Lispector me pega de surpresa vez em quando – sempre).
Gosto de misturar as coisas. Gosto de pensar sistematicamente. Gosto de achar que tudo é relativo. Gosto de formar frases de assuntos aparentemente distintos. Gosto de pensar em um ciclo – sem fim.
Vamos ao pensamento do dia, caso contrário ficarei adivinhado meus porquês.
Hoje fui andar de roller. Melhor: fui aprender. E enquanto eu andava refleti no processo de aprendizado. Primeiro, veio-me a vergonha e o medo de que me vissem caindo, o tempo que fiquei com essa sensação bastou para instalar uma insegurança enorme em mim, obviamente que não consegui a firmeza necessária.
Neste momento, percebi que precisava buscar o equilíbrio. Foi quando puxei o foco para o que eu estava fazendo, sem deixar que os outros me atrapalhassem. Sorri ao conseguir dar passadas mais largas, mais seguras, firmes e equilibradas... Quando consegui velocidade e fui um pouco mais além. Entretanto, não fui com muita “sede ao pote”, senão eu ia cair.
Não caí nenhuma vez em todos os processos: quando tive medo, quando tive foco, quando obtive algum resultado. E pensei: “se eu fizer assim todas às vezes, um dia o equilíbrio vai ser automático e eu talvez me arrisque numas manobras radicais”. Voltei à realidade pouco tempo depois. Sorri novamente.
Trouxe esses pensamentos para os aprendizados do dia a dia, sejam práticos ou teóricos. O medo de não ser vista com bons olhos por não saber disso ou daquilo. A busca pelo conhecimento requer equilíbrio e disciplina para que os resultados sejam próximos aos 100%. Nunca saberemos tudo, aprendemos aos poucos, um tanto a cada dia, não é bom quando tentamos empurrar um tornado de conhecimento para dentro do cérebro. Temos limites, e mesmo assim deixo que a vontade de aprender seja ilimitada.
Cada um de nós tem processos de aprendizado diferentes, cabe a cada um entender como funciona, assim é possível desvendar alguns segredos e não perder o foco. Gosto de me importar com as coisas simples, com as brincadeiras, com as coisas que parecem não ter sentido algum, sempre aprendo. E melhor do que aprender com os outros, é aprender comigo mesma.
Agora chega, já falei demais e se eu deixar sigo filosofando...
Boa noite para você.
4 comentários e idéias:
Acho que me dou tão bem com vc e com o Dann, simplesmente por esse pequena frase - "Gosto de misturar as coisas".
Nós três somos assim, não temos medo de misturar as coisas e eu amo isso. rs
No domingo eu fui ver o show das águas no Parque do Ibirapuera e eu fiquei pensando em como faz, como foi montado, muito interessante como criamos uma linha de pensamento que sempre temos que saber de tudo. rs
Ótima reflexão garota distraida.
=]
abraços,
Belle
@blogabordo
Belle,
Obrigada pela visita na minha humilde oficina... ;D
Boa percepção a sua.
Nunca me dei conta dessas nossas semelhanças... Legal saber disso, saber que há mais pessoas ligadas em tudo o que há no mundo!
Grande beijo,
Líviarbítrio.
Adorei esse post, Livia.
Você sempre escreve umas coisas que me deixam pensando um tempão...
beijos e feliz natal atrasado =]
Nati,
obrigada, flor.
Bom saber que trago alguma coisa para a mente das pessoas x)
Feliz NAtal e um ótimo ano novo!
Grande beijo.
ps.: não estou conseguindo entrar no seu blog. ;(
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