O mundo feminino.

16 outubro, 2007

A fábrica expulsa tudo aquilo que não é “racional”: a dimensão emotiva, estética e, em parte também, a ética. A nova lei estabelece que estas são coisas de mulher, que devem ser geridas dentro das paredes da casa. A esfera pública é gerida pelos homens, que para isso usam, justamente, a razão. A sociedade é masculina, por definição. A sociedade nunca foi tão masculina como na idade industrial.
A mulher só poderá se sentar na poltrona de quem decide se adotar para si os valores masculinos e tiver dado, sobretudo, ampla demonstração de ser capaz de assumi-los. Só se demonstrar que não é movida pela estética, ética, moderação e emotividade (...)
Portanto, a mulher reemerge no mercado de trabalho e adquire o direito à cidadania só hoje, na nova sociedade pós-industrial, de tipo andrógeno. E num tipo de profissão ligado à moda, pesquisa científica ou ao jornalismo.

De Masi, Domenico. O Ócio Criativo. 5.ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

Atualmente:

Em 2007: aproximadamente, 40% das mulheres são Chefe de Família.
Até 2050: 65% das mulheres serão Chefe de Família.


Fonte: IBGE.

Isto não é um discurso feminista. É fato, que antigamente as mulheres eram mais reconhecidas no trabalho domiciliar. Custou a ter seu valor em âmbito empresarial. Foram guerreiras aquelas que souberam expor, com classe, as suas opiniões. Ousadas, por mostrarem seus potenciais para trabalhos considerados, exclusivamente, masculinos. Talvez um pouco machista a teoria de que a mulher foi feita para cuidar da casa, dos filhos e esperar pelo marido com o jantar pronto e posto à mesa. Entretanto, também é fato que somos “fruto do nosso tempo”. O convívio da sociedade iniciou desta maneira; é a natureza da sociedade e do ser humano.
No entanto, o tempo é outro. As mulheres conquistaram seu espaço de mansinho e, não venham me dizer que não há no potencial das mulheres o jogo de cintura, a ética, a estética e a emotividade: pontos fortes que, antes, eram considerados fracos para o trabalho. Por isso os homens lideravam. Mas será que os homens, também, não têm um pouco dessas características? Todos têm.
Sabe o que faltou e falta: as pessoas reconhecerem seus próprios defeitos e, principalmente, qualidades. Não suponho que aquelas características que determinaram quase que, exclusivamente, como de mulheres sejam de tão ruins assim. E não são; caso contrário, nós não estaríamos onde estamos agora.
O mercado feminino ainda é um mercado em potencial. E quanto aos homens, bom... Os homens são exemplos de racionalidade, devemos admitir. A racionalização das tarefas tornou mais fácil o entendimento. E a emotividade para a adequação dos fatos objetivos ou subjetivos é primordial para o sucesso.
Até nos negócios um complementa o outro, tá vendo. Precisamos deles e eles de nós, em todos os sentidos.

(voltando à racionalidade) haha..

Nosso espaço está, cada vez mais, garantido. Claro, para aquelas que souberem responder à altura e estiverem em constante aprendizado. Ou continuarão cuidando da casa, dos filhos e esperando o esposo para o jantar. E quanto a essas estrelas, não tiro o brilho de nenhuma; pois, são um conjunto de empresária, professora, líder, mãe, esposa, dona de casa: guerreira. E além do mais, dentro de si, as mulheres têm a essência da "Amélia" e a determinação de "Joana D'Arc".
Para as mulheres do meu Brasil, todo sucesso do mundo. Merecemos! E obrigada aos homens por acender em nós a faísca da eterna concorrência. Em um time, também há concorrência, ora essa! (Hahhhaahah..)
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E a sua opinião?

1 comentários e idéias:

Deise Rocha disse...

Ah sim, sim!!!!!
E claro, mérito para as que conseguem ser dona de casa e profissional... q ekilibram perfeitamente a essencia de Amélia e Joana D'Arc... exemplos verdadeiros da nossa sociedade...
q acordam cinco e meia da madrugada pra começar seu dia e o encerra a meia noite... sem pestanejar ou reclamar... apenas feliz...

hummm...

bjOo ni vc...