O bosque.

28 janeiro, 2009

- Pois, foi! Desse jeito assim como estou falando.
- Rapaz, não ‘tô’ acreditando. Conta de novo essa história.

Então, como eu disse: foi na semana passada, naquele bosque ali na Estrada Marron. O dia estava lindo - sol e céu limpos e intensos. ‘Tava’ de bobeira e fui andar de bicicleta. Antes, passei na Teresinha e na Carmem para jogar conversa fora. Chupei um picolé de limão e comi um casadinho daqueles que só a Antônia sabe fazer. Logo, segui para o bosque. Chegando lá tirei a canga da sacola e estiquei na grama, ali fiquei jogada olhando o céu. Lembrei da cadernetinha e do lápis dentro da cestinha da bike. Escrevi umas besteirinhas, tal como o nome dele. Passei a pensar, involuntariamente, nele.

Não faço idéia de quanto tempo fiquei refletindo, na verdade também não sei em quê, era como se meu corpo não estive ali e minha alma tivesse ido passear.

- Eu ‘heim’. Não tinhas fumado nada, não?
- Que nada, menina. Escuta!

Ouvi uns gritos que vinham de trás de uns arbustos altos. Curiosa estiquei a canga mais para perto, tentando acompanhar o diálogo.
‘Matei, matei’ – dizia um; ‘Mas, por quê? – indignava-se o outro. Fiquei assustada e com medo que dessem por conta da minha presença, porém não saí dali. As vozes se confundiam e não consegui entender tudo, mas deu para perceber que havia arrependimento no meio, no entanto já estava feito e procuravam uma forma de se livrar do ‘corpo’; eu supunha, pois até então não sabia o que tinha matado, só entendi o plano para se livrar do peso, logo deduzi que seria o presunto.

Houve um longo silêncio e eu tratei de ir embora. Quando eu estava subindo na bicicleta alguém me chamou. ‘Ei você, espere. Precisamos da sua ajuda’. Gelei achando que iam me pedir para enterrar o corpo. Eu disse logo que estava atrasada e precisava ir embora.
Insistiram afirmando que era coisa rápida e só precisavam de uma opinião. Foi onde eu disse que não queria me comprometer com nada e só estava ali por acaso e foi por acaso que escutei a conversa deles. Eles se entreolharam sem entender o meu apavoro. ‘O que você escutou?’, perguntaram. Sobre uma morte, eu confirmei com o coração na boca. Riram. Perguntei por que estavam rindo, se não havia graça nenhuma naquilo. ‘Você entendeu errado’, disseram juntos.

Foi então que contaram a história para mim... 

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Já escrevi mil e um finais, nenhum ficou tão engraçado quanto o enredo. Não sou boa com finais e sempre quero que acabe em amor, cansei de falar dele.

Qual seria o melhor final para esse conto? Diga aí!
Beijinhos.

3 comentários e idéias:

Aglio disse...

NÃÃÃÃÃÃÃÃÕOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

to me sentindo na oitava série tendo que inventar o fim da historia na redação =~

O pior é que eu invento 300 também, mas nenhum fica tão bom quanto o enredo!

Aglio disse...

hahahahahahahaha

juro que estou me esforçando muito, viu!
Quando chegar em casa eu coloco Zeca e penso no final ok ;)

Eu te adicionei no msn, peguei pela sua pagina no Blogger, me aceita lá plz

=***

Anônimo disse...

hahahah.
Poxa, agora eu fiquei querendo saber o final.
Posta um final por vez, aí a gente vota aqui no melhor deles. :D
Uma vez eu escrevi um roteiro pra vídeo que tinha um final assim "em aberto", mas nem eu mesma sabia o final, o que era o mais legal da história.

Beijo, Lívia.

PS: Seu texto já está lá. :)