Intensidade Excessiva

10 junho, 2009

Há pessoas que são excessivas em quase tudo: pensamentos, atos, fatos, acontecimentos, comportamentos. Normalmente, os sentimentos são mais presentes, pois há uma necessidade incontrolável de sentir, diz-se que assim se vive melhor.


Dentre os mais cotados, o sentimento de compaixão é uma coisa engraçada. A compaixão excessiva faz com que o sofrimento do outro atinja o ouvinte, tamanha é a intensidade com que se recebe o problema. Depois de trazer para si a dor do outro o indivíduo sofre o mesmo tanto, quem sabe até um pouco mais. No final das contas ninguém ajuda ninguém, e quem tentou busca conselhos para si mesmo. [Eu faço isso direto].


A intensidade e o excesso, sem medidas, são prejudiciais e se tornam uma forma de apego que só gera sofrimento. Agora me diz, que ser humano é este que gosta de sofrer com os sofrimentos dos outros? Já não bastam os que já têm? A compaixão é necessária à medida que podemos ajudar o outro, sem que esqueçamos dos nossos problemas.

Vejamos: a maioria diz que todo amor deve ser intenso, concordo. Mas, quando o amor começa a ser uma obsessão o excesso vem e atrapalha, consequência esta causada pela intensidade excessiva, e o relacionamento fica chato e efêmero, qualquer que seja o tipo de relação.


Porém, noutro canto dos tipos de personalidades, há aqueles que são objetivos demais, até demais e que parecem não estar nem aí para os problemas do outro, nem mesmo dos seus. Esses tipos de indivíduos acabam divergindo e raramente entram em um acordo. O que seria dos conflitos se todos pensassem e agissem exatamente igual?! Já virou clichê afirmar que todo mundo é diferente, ninguém é igual; talvez sejamos parecidos uns com os outros em personalidade, mas nunca seremos iguais.

Outro fato dentro desse contexto é querer - quase exigir - que alguém seja aquilo que somos. Não somos homogêneos e nunca seremos um só, a diferença é necessária e os conflitos geram um bocado de criatividade.


Por isso, lembre-se: seja intenso sem deixar de ser (a)normal. Tenha compaixão sem assumir a dor do outro, isso não é egoísmo, é saber lidar com os problemas e poder ter consciência para ajudar, sem excessos.

5 comentários e idéias:

Unknown disse...

As vezes tb acho que sou objetiva demais... sei lá, acho que fiquei assim com o tempo, pelas coisas que vi e vivi.

Sempre me policio para não ficar objetiva demais, e perder a humanidade, a capacidade de se importar com as coisas.

Vc está certa quando diz que é necessário dosar os dois extremos.

Bjs, Livia!

Lorena disse...

Eu sou ótima para sofrer a dor dos outros... às vezes eu fico pensando que podia me empregar como aquelas mulheres contratadas para chorar em velório alheio, e provavelmente choraria com mais sentimento que os próprios conhecidos do morto! E eu também acho que esse exagero não é nada bom, não é nada útil. Bom é se manter calma e tentar fazer algo por quem sofre.

E viva as diferenças, né? concordo com isso tb. Adoro a diversidade da nossa espécie. =)

Lívia, deixei um presentinho pra você lá no blog, tá? beijos.

Aglio disse...

Ficou a dica

Adorei :D

Lucas Lima disse...

complicado mesmo essas coisas, de entrar em algo sem se deixar afetar, rs, mas num deixa de esta certa.
Bjs e bom fim de semana

Unknown disse...

Gostei do Testo.