Poemas à beira mar

20 junho, 2009

Sobre o mar a lua cristalina
Linda como o pôr do sol
Tão solitária como cada um de nós
Doidera é o mundo
Cada qual com seu cada qual
Supérfluos espelhos do cotidiano
Sem sonhos e com objetivos abstratos
Uma ladainha sem fim.
Dia após dia, reclamações que perturbam os ouvidos dos outros
Sem obterem sequer um sinal de esperança.
Quando estamos pensativos, os pensamentos tornam-se perigosas armas
Sem um pingo de compaixão
Então é melhor eu parar por aqui e admirar o sol,
Pois logo vem a lua e eu tenho medo do escuro.




Aquele meu velho pranto
Rasgo com outros tantos
Sob o sol, a minha mente clareia
E enquanto o sangue corre na veia
Sinto você pelo vento
Seu toque dilui em cheiros e eu tento
Tento compreender porque você está tão longe
Percorrendo objetivos sem finalidade
E eu te vejo atrás do monte
Dos montes que escondem o arco-íris sem saudade.
Escrevo-te poemas sem desviar minha mente
Serenamente destruo aquela velha expectativa
De te ter aqui, pois longe permaneces,
Mas ainda assim sinto teu toque pelo vento
Que cobre minha pele à beira do mar.


pic: um dia na praia.

1 comentários e idéias:

Bárbara Bilek disse...

Linda, intesa e verdadeira.

Escrita pela alma e que vem do coração.


AMo vc.