O MERA deu uma palhinha - na Coluna de Quinta - com Um pouco de bossa.
Mais uma vez, obrigada Nati, pelo convite.
Muita música para todos.
;)
Um pouco de bossa
29 janeiro, 2009
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 10:55 4 comentários e idéias
O bosque.
28 janeiro, 2009
- Pois, foi! Desse jeito assim como estou falando.
- Rapaz, não ‘tô’ acreditando. Conta de novo essa história.
Não faço idéia de quanto tempo fiquei refletindo, na verdade também não sei em quê, era como se meu corpo não estive ali e minha alma tivesse ido passear.
- Que nada, menina. Escuta!
‘Matei, matei’ – dizia um; ‘Mas, por quê? – indignava-se o outro. Fiquei assustada e com medo que dessem por conta da minha presença, porém não saí dali. As vozes se confundiam e não consegui entender tudo, mas deu para perceber que havia arrependimento no meio, no entanto já estava feito e procuravam uma forma de se livrar do ‘corpo’; eu supunha, pois até então não sabia o que tinha matado, só entendi o plano para se livrar do peso, logo deduzi que seria o presunto.
Houve um longo silêncio e eu tratei de ir embora. Quando eu estava subindo na bicicleta alguém me chamou. ‘Ei você, espere. Precisamos da sua ajuda’. Gelei achando que iam me pedir para enterrar o corpo. Eu disse logo que estava atrasada e precisava ir embora.
Insistiram afirmando que era coisa rápida e só precisavam de uma opinião. Foi onde eu disse que não queria me comprometer com nada e só estava ali por acaso e foi por acaso que escutei a conversa deles. Eles se entreolharam sem entender o meu apavoro. ‘O que você escutou?’, perguntaram. Sobre uma morte, eu confirmei com o coração na boca. Riram. Perguntei por que estavam rindo, se não havia graça nenhuma naquilo. ‘Você entendeu errado’, disseram juntos.
Foi então que contaram a história para mim...
___________________Já escrevi mil e um finais, nenhum ficou tão engraçado quanto o enredo. Não sou boa com finais e sempre quero que acabe em amor, cansei de falar dele.
Qual seria o melhor final para esse conto? Diga aí!
Beijinhos.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 13:24 3 comentários e idéias
Marcadores: Conto.
O amor.
26 janeiro, 2009
Por mais que eu queira esquecer há um assunto que é involuntário em quase tudo que faço. Quando escrevo, leio, canto debaixo do chuveiro, danço, falo, declamo, sorrio, brinco, quando faço carinho ou apenas escuto, quando me perco olhando a grandiosidade do mar, ou simplesmente quando eu uso o orgulho como um escudo contra a dor.
É algo que faz parte de todos nós, mesmo que sintamos ódio por ele. A maioria das pessoas nasce, vive e muitos morrem por e por causa dele. Diz o dicionário que é um sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. É profundo e intenso. Por mais dor que cause, também é bonito. Faz-nos sentir vivos, grandes. O nosso sorriso é contagiante quando nos contagiamos pelo amor.
Droga de amor - ruim com ele, pior sem ele. O amor é assim, como tudo na vida, tem seu lado bom e ruim. O amor machuca, faz doer um coração apaixonado. É injusto e traiçoeiro. Poderíamos descrever o amor em inúmeros adjetivos, pois cada um de nós tem uma definição própria, daria um livro de romance melodramático - imagine que chato.
Morrer de amor não é difícil, não
Se atirar do edifício
Viver de amor é que é difícil
Se atirar...
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 14:46 8 comentários e idéias
Marcadores: Alguma coisa de pensamento.
Pequenos Contos - Cecília.
23 janeiro, 2009
Terminei hoje seis capítulos de um conto - Cecília.
Para você que não acompanhou desde o início, segue o link:
Pequenos Contos - Cecília
;)
Grande beijo.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 08:47 1 comentários e idéias
Marcadores: O diário de Cecília.
pequenos contos (fim).
Depois de dois meses Cecília conseguiu recuperar a consciência e aceitar dentro de si a morte do pai. Retornou ao trabalho e à faculdade com certo custo, mas precisava voltar à rotina. Não suportava a idéia de ter o pai morto tão repentinamente sem nem ao menos ter dedicado a ele algumas palavras de carinho, sentia-se culpada. A mãe e a irmã foram morar com uma tia
Os primeiros dias de trabalho foram cansativos, afinal precisava colocar tudo em ordem desde o dia em que ficou ausente da editora.
- Sr. Lopes quero agradecer pela sua compreensão e por ter deixado meu lugar vazio para que eu voltasse.
- Não precisa agradecer, fiz isso porque confio no seu profissionalismo e gosto do seu trabalho. Além do mais, sabia que você não conseguiria trabalhar com tantos problemas.
- Obrigada mais uma vez. Vou voltar para minha sala.
- Cecília?!
- Pois não, Sr. Lopes.
- Enquanto você esteve fora, eu precisei entrar na sua sala algumas vezes, e não pude deixar de folhear seu caderno.
Cecília o olhou surpresa e envergonhada.
- Quero te fazer uma proposta: escreva um livro, a editora banca todos os gastos que houver. Gostei da sua maneira de escrever, poucos são os escritores que conseguem descrever com detalhes tão rebuscados e você tem uma simplicidade nas palavras.
- Sr. Lopes não sei nem o que dizer. Escrever um livro sempre foi um objetivo, não iniciei por não me sentir completamente preparada e, além do mais dispõe de tempo e dinheiro.
- Pois isso não é problema e, por favor, você está preparadíssima. E tenho certeza que o seu pai se orgulharia muito de você.
Cecília não conteve a felicidade e a emoção.
- Acalme-se que agora vem a pior parte. Proponho um desafio: quero o livro pronto em menos e um ano e escolha o tema que preferir.
- Desafio aceito! Farei o meu melhor Sr. Lopes, obrigada pela oportunidade.
- E pare de agradecer, conversamos sobre a minha comissão quando você estiver fazendo sucesso.
Riram.
Cecília estava radiante e identificou naquela oportunidade a força que precisava para continuar sonhando. Mais ainda tinha algo que precisava resolver, mas não era o momento.
Os dias, as semanas, meses se passaram rapidamente. Todos os momentos foram aproveitados e Cecília já conseguia rir à toa. Seu rendimento e seu salário dobraram e o livro já tinha pouco mais de duzentas páginas, além do total aproveitamento na faculdade. Tudo era tão organizado que sobrava tempo para algumas festinhas nas sextas-feiras depois da aula, e aos sábados não abria mão de ir à biblioteca pela manhã fazer suas pesquisas, sempre acompanha pela amiga Laís que estava ocupada com um artigo científico sobre moda, o qual seria publicado numa dessas revistas femininas.
Certa manhã, Cecília recebeu um bilhete:
mas tudo é tão confuso.
Receio sua reação e o meu coração explode
todas as vezes que estou na sua presença.
Anonimamente, digo nessas poucas palavras
que eu te amo.
O segundo semestre prometia ser bastante corrido. A editora tomava quase todo o tempo durante o dia, houve um 'bum' de escritores, e muitos anônimos pediam revisão, aproveitava o tempo vago na administração e ajudava nas revisões e triagem. Aproveitou as férias da faculdade, pois sabia que precisaria de mais tempo para os trabalhos acadêmicos nos próximos meses. Todo o tempo era precioso e ela não perdia um segundo. Suas noites de sono eram de no máximo quatro horas e não se importava com isso, manter a mente funcionando a deixava calma. Deixou de ir à biblioteca aos sábados e pouco via os amigos, determinou que até o final do ano terminaria suas prioridades com chave de ouro.
Vez em quando lia o bilhete que ficava guardado na sua agenda. Pensava: “ainda terei todo o tempo do mundo para você”. Sorria diante daquela, que ela mesma definia, loucura.
Como previsto, o segundo semestre passou voando e o lançamento do seu livro já estava marcado para o dia 20 de dezembro, às 20hs. Sua mãe e sua irmã já estavam instaladas no seu apartamento ajudando no que podiam para deixá-la mais a vontade com a última revisão do livro.
Eis que chegou o grande dia, e foi um dia gratificante, Sr. Lopes parecia um pai de tão orgulhoso e alguns de seus amigos foram prestigiá-las.
Simplesmente Cecília.
- Laís?!
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 08:29 3 comentários e idéias
Marcadores: O diário de Cecília.
Estímulos
22 janeiro, 2009
Se você prestar atenção tudo ou quase tudo o que fazemos é gerado por um estímulo. Sabemos disso, mas o conhecimento é inconsciente na maioria das vezes. De acordo com o Dicionário é qualquer coisa que torna mais ativa a mente, ou incita à atividade ou a um aumento de atividade. O universo e a natureza nos estimulam através de sons, ondas magnéticas, atrito. Estímulo é pura física. E podemos vê-lo subjetivamente, mas pautado cientifico e empiricamente.
Nossos comportamentos visíveis ou não são o efeito de um estímulo, pois causa reações por vezes inconscientes e conscientes. Somos gerados, nascemos crescemos e nos desenvolvemos rodeados por estímulos naturais, sociais, culturais, políticos e psicológicos. A primeira palavra pronunciada e escrita, o primeiro toque, o choro, a risada, o beijo, o sexo, o tesão, o primeiro amor, são estimulados por uma força seja consciente ou não, porém gerados pela física.
E me peguei pensando no passado, relembrando essa época [já faz seis anos], senti saudade e uma frustração de não ter aprendido mais sobre temas que me seriam necessários hoje, somente por pensar muito e o tempo todo no que somos e como viemos parar aqui. Adoro invadir meu subconsciente e bolar teorias malucas sobre a nossa existência [não, eu não sou louca], mas também quem não pensa sobre isso?
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 16:31 1 comentários e idéias
Marcadores: Devaneios.
Fenômenos subconscientes
20 janeiro, 2009
O cotidiano é cheio de surpresas, por mais que seja rotineiro haverá sempre algumas percepções estranhas e interessantes. A maioria das pessoas, inconscientemente, faz o mesmo trajeto: casa-trabalho/colégio-casa. Nesse trajeto vemos quase sempre os mesmos pedestres, amigos, carros, cachorros, crianças, todos os dias e o trajeto está praticamente igual, salvo algumas obras e novas lojas que iremos perceber com o tempo ou só quando prontas. [Isso acontece direto comigo].
Outro dia comecei a observar o trajeto que eu faço todos os dias, descobri que o meu comportamento é o mesmo em determinados momentos, e não muda. Fiquei perturbada com aquilo e mudei algumas ruas e pontos de ônibus para chegar ao meu destino, o comportamento continuou o mesmo independente do humor, e no mesmo horário. Mesmo sabendo disso eu não consegui identificar quais eram os comportamentos, pois me condicionei a fazer tudo quase sempre igual. Então tentei identificar quais os momentos que me motivavam a tais comportamentos, eram totalmente inconscientes.
A rotina continuou a mesma, esqueci de devanear sobre essas percepções, a rotina ficou mais apertada e minha cabeça girava em torno de outras percepções e compromissos. Mas ainda assim me pego olhando, observando, pensando, lendo, escutando quase as mesmas coisas durante o trajeto de ida e volta e quase nos mesmos horários, já que olho para o relógio o tempo todo em um espaço de vinte a trinta minutos.
A rotina prende o indivíduo ao tempo lógico, infelizmente. Talvez por isso não sobre tempo para novas percepções e pensamentos acerca de coisas inúteis/úteis. Muitas vezes um sentimento de inércia toma conta da mente e quando nos damos por conta já estamos resolvendo os pepinos daquele dia. [Isso, também, acontece direto comigo]. Feliz daquele que consegue estar presente totalmente em todos os momentos.
A rotina é perigo constante, inconsciente e prende sem percebermos. É sempre bom começar a rotina mudando alguns comportamentos e fazer atividades durante o dia-a-dia que rotineiramente não nos reservamos, para que o dia termine bem.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 16:57 2 comentários e idéias
Marcadores: Alguma coisa de pensamento.
Por mera distração
19 janeiro, 2009
Sinto-me tão distante
É como o topo da montanha
Tão longe, tão perto, tão confuso e cheio de obstáculos
A distância de mim é tão real e tão necessária
Não para buscar um alguém
Mas simplesmente para deixar fluir quem sou
Talvez por que ame contradições, mas sempre quero o objetivo
Subjetivamente adoro me deixar encantar, mesmo que eu me engane
E é tão bom se enganar e tão logo magoar sentimentos
Ah! Como eu queria envolver meu grito com o vento e alastrar
Um protesto cheio de dor.
Quisera eu poder explicar a mim mesmo como ultrapassar e deixar passar
Como tudo passa e teme .
O medo, medo do medo que me dá.
Apenas vivo, sem mais devaneios divago loucuras em meio ao vazio.
Saudações à minha amiga solidão.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 16:55 3 comentários e idéias
Marcadores: Devaneios.
Alguma coisa de pensamento.
Ah! Pare de dizer tolices
Você e ninguém nunca entenderá
É complexo demais para divagar tão objetivamente
Fale de flores, céus e mar
Mas nunca disto, não cabe tão profundamente em seus lábios
E em sua mente, somente a presença de uma sombra
Ah! Não entendes quão íntimo é
E as atitudes acerca do que falamos é torturante
Não cabe, simplesmente não cabe discutir
É puro e poluído por medo
É lindo e transfigurado
É sublime e tolo
Nem eu sei do que falo, falo apenas do que sei
Com receio de tornar-me também tolo
É melhor calar, palavras malditas só ferem
Quando não sabemos como dizer
E se pensamos muito antes de declarar fica falso demais
Cansa, mata e faz viver... tão antagônico viver.
Chega cansei de dizer tolices.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 14:16 1 comentários e idéias
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Caminhos.
18 janeiro, 2009
Era um lindo e amplo campo, sob o céu azul brilhante como o sol. Muitas espécies, a fauna e a flora cobriam o chão com toda a sua majestade. Uma verdadeira cena de filme romântico. E a cena era idealizada aos poucos na mente, clara e objetivamente.
Havia uma imensa cachoeira, podia-se compará-la a um véu de noiva que cobre os olhos de uma felicidade sem fim, instantânea e perene. Tentava não piscar para que cada segundo daquele momento fosse petrificado em seu íntimo. Calçava sandálias brancas e um vestido colorido que lhe cobria os pés, uma flor que prendia o seu cabelo era o único acessório. Explorou cada lugar daquela imensidão sem deixar de prestar atenção nas emoções que iam surgindo enquanto fotografava com os olhos.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 22:48 0 comentários e idéias
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Ressaca.
16 janeiro, 2009
É, parece-me que um novo ano já começou. Até ontem eu ainda disse que é final do ano. Um novo ano, e o que mudou? Tudo e todos continuam iguais, falando de projetos, planos e realizações para 2000 e..., e quanto mesmo? Nove. Tempo chato e velho companheiro.
E aí, quais são seus planos para 2009? Tatuar um número ímpar, os numerólogos, astrólogos e todos os ‘logos’ estão dizendo que o ano é ímpar. Não é só por causa do 9, não? Ou será que há mesmo toda uma mística entre os astros. Não fale sobre o que você não entende, deixe isso aos tolos e continue achando isso tudo uma merda e que é só para encher o coração do indivíduo que gosta de acreditar em coisas subjetivas.
Mas o fato é que 2009 está por aí, desesperando o povo que gastou o que não tinha para curtir AQUEELE final de ano. Ufa, já tem conta programada para depois do carnaval.
Ah, Carnaval! Eis o melhor negócio de todos os inícios de ano. Bebedeira, mulherada quase nua, pagode e muito axé. Também tem muita morte, acidentes de carro, gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis. Tudo tem seu lado bom e ruim, entendam.
Na verdade, o ano só começa mesmo depois do carnaval, por que enquanto o carnaval não chega, o carnaval fora de época corre solto nos picos mais badalados da cidade. E o que a gente faz? Cai na vida, oras.
As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo a mão na saca, saca, saca-rolha
E bebo até me afogar, deixa as águas rolar.
[Crítica humorada, papo de bar]
Seja lá o que você pense sobre este novo ano, faça apenas com que os seus desejos sejam realizados com muita paz.
Escrito por uma tal de... Líviarbítrio. às 16:41 0 comentários e idéias
Marcadores: Devaneios.