Reza a lenda que para cada profissão há de se ter um perfil ou uma postura condizente. Durante a graduação observei muito isso: podíamos adivinhar o curso de um e de outro apenas descrevendo sua postura, fosse no jeito de vestir ou agir. O que define um perfil ou uma postura?
No mercado de trabalho é mais evidente. Para cada função um jeito de se apresentar. Terninhos e gravatas para os homens e mulheres da advocacia, estilos mais despojados para os publicitários, moderninhas e mauricinhos na seção da administração, perfis e posturas definem-se de acordo com o contexto.
No entanto, caráter e responsabilidade são definidos [pelos outros] a partir de como nos vestimos ou, muitas vezes, comportamo-nos – brincadeiras, estilo musical, gírias. Consequentemente, o impacto é negativo na construção de uma marca pessoal.
Contesto. Por exemplo: administro uma empresa usando all star, calça jeans e blusinha, enquanto escuto rap ou MPB. Pergunto-me: ou estou na profissão errada, ou meu chefe só quer resultado? [No meu caso, as duas opções estão corretas].
Mas, enfim, o fato é que a personalidade vai ao encontro daquilo que escolhemos como profissão e, na maioria das vezes, por mais capazes que somos no que executamos, uma característica fora do comum influencia.
Esse contexto é muito mais amplo, descrevo aqui uma parcela; pois, quando falamos em perfis e posturas lembramos da ética e conduta profissional, ambas não interferem no all star com vestido; interferem nos resultados e no sucesso do profissional.
Não somos bons ou ruins se defendemos um cliente no tribunal usando tênis e calça de moleton... Daí vem a tal da etiqueta. Etiqueta? Só aquela da blusinha e ainda assim eu tiro por que incomoda.
Modo de dizer ou de pensar - pouco importa. De alguma forma, conscientes ou não, seguimos alguma tendência e lapidamos perfis e posturas influenciados pelo meio.
3 comentários e idéias:
Eu não tenho cara de jornalista.
Uso uma mochileta, sandália rasteira - qdo nao havaiana, pq salto nao rola, e um bom jeans.
Não consigo ser estilo 'fátima bernardes' e sei que meu potencial possa ser posto em xeque exatamente pelo meu riso solto de criança, mas tem gente que aposte que eu seja uma ótima jornalista, se sentar comigo para tomar cachaça e trocar idéia.
Hahahahhaa
[tô lascada]
Bjoooooooo
Sabe uma coisa? eu já quis lutar contra estereótipos. Quando era mais nova eu tentava por mudar a minha cabeça e a de quem estivesse ao meu redor a respeito disso. Porque acredito que vc está certíssima. O meio nos lapida e somos obrigados a nos adequar ao meio que escolhemos como nosso.
Hoje em dia preferi me "encaixar", coisa de fora para dentro, e continuar sendo eu mesma. O bom da profissão que escolhi, e principalmente do ramo dela em que trabalho (zoologia), é que eu sou bem "livre" para ser como eu quiser, pessoalmente. O que enfrento ainda são preconceitos de professores mais antigos, mas é coisa que dá pra contornar... Não me imagino nunca fazendo algo como Direito, por exemplo, em que teria que mudar demais meu eu para me encaixar nesse mundo...
Mas tb não concordo com a super-valorização do estereótipo, não. Por isso acho que vc deve continuar com seu All Star com vestido e provar, a quem quer que seja, que não é isso que te faz uma profissional melhor ou pior que as outras pessoas. Um toque de rebeldia na medida certa, faz as coisas mudarem e inspiram respeito. =)
beijão. Desculpa o sumiço, mas vou voltando aos poucos.
Aonde aprendeste todas estas coisas?
Juro-te que me reconheço naquilo que escreves por vezes!
***
Postar um comentário